41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENETES ADMITIDOS COM SÍNDROME CORONARIANA AGUDA EM UM HOSPITAL DA AMAZÔNIA

introdução e/ou fundamentos

A Síndrome Coronária Aguda (SCA) constitui uma das principais causas de morte por doença cardiovascular no mundo. Em regiões com difícil acesso ao tratamento essa realidade pode ser ainda mais crítica.

Objetivos

Objetiva-se com este trabalho, traçar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes com síndrome coronariana aguda, admitidos em um hospital na Amazônia.

Métodos

Para realização desse trabalho, foi elaborado um estudo observacional e transversal, que avaliou pacientes admitidos entre setembro de 2021 e março de 2022 no Hospital Universitário Francisca Mendes, em Manaus (AM), com hipótese diagnóstica de Síndrome coronariana aguda. Este hospital, recebe pacientes provenientes de outros serviços de emergência após o tratamento inicial. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, característica da dor, fatores de risco, local de atendimento, tempo para realização do primeiro eletrocardiograma (ECG) e a realização de trombólise caso indicada.

Resultados e Conclusões

Dos 48 pacientes avaliados, 70,83% eram do sexo masculino. A média de idade do grupo foi de 63,2 anos. Entre as formas clínicas de SCA, 54,1% se enquadraram no diagnóstico de Infarto Agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST), 39,5% tinham diagnóstico de Infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSST) e 6,25% se enquadravam no diagnóstico de Angina instável. Em relação aos fatores de risco 70,8% dos pacientes tinham diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica, 47,9% de Diabetes Mellitus, 37,5% de Dislipidemia. Além disso, 43,75% possuíam história familiar de doença coronariana e 18,8% eram tabagistas. Quanto ao primeiro atendimento, 39,6% dos pacientes procuraram outra unidade de menor complexidade antes de serem atendidos em um local que oferecesse o suporte adequado. O primeiro ECG foi realizado em um tempo médio de 3h e 54 min contando a partir do primeiro atendimento. Entre os pacientes diagnosticados com IAMCSST apenas em 18,75% havia informação sobre a realização de trombólise na ficha de transferência, sendo em apenas 4,1% dos casos descrito o motivo pelo qual não foi realizada a trombólise. Constatou-se que um número significativo de pacientes procurou o primeiro atendimento em unidades de menor complexidade e realizaram o primeiro ECG em tempo prolongado. Estes fatores, provavelmente contribuem para um número reduzido de tratamento de recanalização coronariana em tempo hábil, reforçando a necessidade da implementação de medidas de saúde pública que melhorem esse quadro.

Área

Medicina

Autores

KEMELLY FERREIRA DA SILVA, Suhã Ono Santos, Jéssica Marques Silva, Rafael Xavier Cunha, Andreza Araújo De Oliveira, João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira