41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO NORDESTE ENTRE 2016 E 2020

introdução e/ou fundamentos

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é considerado, de acordo com os Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a principal causa de mortalidade no Brasil, assim como na região Nordeste. Nesta, entre 2016 e 2020, foram registradas 130.403 mortes por IAM. Dessa forma, é possível explicitar que este é um importante problema de saúde pública, visto como um desafio, uma vez que tratamentos específicos e adequados para essa doença são apontados como de alto custo, tendo sua disponibilidade concentrada em maiores centros urbanos. Haja vista essa problemática, pode-se citar que estudos epidemiológicos são tidos como o embasamento para que se desenvolva um melhor entendimento e planejamento regional da saúde, com o intuito de prevenir e tratar doenças.

Objetivos

Os objetivos do presente estudo consistem em descrever e analisar o perfil epidemiológico da mortalidade dos indivíduos com IAM observados na região Nordeste, com base nos dados extraídos do DATASUS, entre 2016 e 2020. Com isso, pretende-se associar as condições relacionadas à coletividade.

Métodos

Trata-se de um estudo ecológico desenvolvido mediante levantamento estatístico de dados disponibilizados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), mais especificamente no DATASUS, acerca da epidemiologia, contabilizada com conteúdo de óbitos por residência, referente à mortalidade por IAM no Nordeste brasileiro, de 2016 a 2020. A pesquisa exemplifica a comparação dos perfis coletivos de acordo com as variáveis disponíveis de ano do óbito, faixa etária, unidade federativa, sexo, cor/raça, escolaridade, local de ocorrência e estado civil.

Resultados e Conclusões

Durante o período analisado, denota-se que a mortalidade por IAM no Nordeste foi predominante nos indivíduos de etnia parda (62%), com até 3 anos de escolaridade (56%), do sexo masculino (59,6%), casados (38,6%) e na faixa etária entre 60 e 69 anos (26,2%). O ano com maior mortalidade registrada foi 2019 (26,1%). Já a unidade federativa com maior número de óbitos nesse período foi Pernambuco (20,7%) e o maior local de ocorrência dos óbitos foi em hospitais (47%). Dessa forma, nota-se a imprescindibilidade da manutenção da vigilância epidemiológica relacionada ao IAM, com o intuito prevenir casos fatais desta doença. Evidencia-se a relevância dos dados deste estudo, os quais podem guiar o desenvolvimento de indicadores e políticas públicas para a população, visando maior bem-estar e qualidade de vida para esta.

Área

Medicina

Instituições

Universidade Estadual do Ceará - UECE - Ceará - Brasil

Autores

LIVIA DE ALENCAR TAUMATURGO, GABRIEL BEZERRA PEREIRA, MARIA FERNANDA LOPES DA SILVA, MIDIAN CONSTANTINO TEIXEIRA, NICOLE MARTINS SARAIVA, EVANDO ELIAS DA COSTA NETO, FERNANDA INGRID OLIVEIRA RAMOS, LUMA CAROLINA CAVALCANTE TEMOTEO, LORENA AGRA RAMOS, RUAN DIEGO DO CARMO ABREU, SAMUEL CAVALCANTE MARINHO, SANDRIELE SANTOS BARBOSA