41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

FATORES PREDITIVOS PARA O USO DE CARDIOVERSÃO INTRAOPERATÓRIA EM CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA

introdução e/ou fundamentos

No tratamento cirúrgico de doenças cardiovasculares (DCV), a revascularização do miocárdio (RVM) está entre os procedimentos mais executados. Para permitir o aporte sanguíneo aos tecidos durante a parada da bomba cardíaca, a técnica de circulação extracorpórea (CEC) viabiliza cirurgias por períodos longos e de maior complexidade. Entretanto, o delongamento do procedimento cirúrgico favorece o surgimento de instabilidades elétricas no coração, sendo necessária sua reversão restaurando o ritmo sinusal, por meio de choque elétrico.

Objetivos

Relacionar a técnica de RVM e as características da CEC em pacientes com e sem o uso de cardioversão intraoperatória.

Métodos

Os dados foram coletados dos prontuários de pacientes submetidos à cirurgia de RVM com CEC no ano de 2021 em um hospital particular no Piauí. Os resultados foram apresentados em média ± desvio padrão e valores absolutos com porcentagem.

Resultados e Conclusões

Foram analisados 93 prontuários. A cardioversão foi necessária em 26 casos (28%), com média de 13,4±6,3 joules por 1,1±0,3 vezes até o retorno do ritmo sinusal. Nestes casos, a maioria dos pacientes eram homens (77%), com idade de 61,3±10,4 anos. A média de implantação de enxertos por cirurgia foi de 2,1±0,6. A duração de CEC foi de 63,3±19,4 min e de pinçamento foi de 49,2±17,1 min. Já naquelas cirurgias que não foi necessária a cardioversão, a maioria também eram homens (77,6%), com idade de 62,7±9,1 anos. A média de implantação de enxertos por cirurgia foi de 2,4±0,7. A duração de CEC foi de 70,3±20,7 min e de pinçamento foi de 57,0±18,3 min.
De encontro ao esperado, as cirurgias que necessitaram do uso de cardioversão foram implantados menos enxertos e tinham menores tempos de perfusão e de pinçamento, comparado com as cirurgias que não houve necessidade de cardioversão. Os resultados fazem acreditar que a possibilidade de cardioversão é multifatorial, podendo ser influenciada também por elementos inerentes ao paciente.

Área

Medicina

Instituições

Centro Universitário UNINOVAFAPI - Piauí - Brasil, Hospital Santa Maria - Piauí - Brasil

Autores

PHILLIP HERON SOUSA E SILVA NOLETO, Bruna Wendy Capistrano Pinto, João Victor Alves Oliveira, Rafaela da Costa Rodrigues, Raimundo Barros Araújo Júnior, Cláudio Mendes Silva, Brenda de Jesus Moraes Lucena