41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico dos pacientes em acompanhamento devido à Hipertensão Arterial Sistêmica e Doença Renal Crônica na Região Norte e Nordeste.

introdução e/ou fundamentos

A Hipertensão é responsável por 25% dos casos de insuficiência renal
terminal. Os rins quando saudáveis executam função indispensável na regulação da
pressão arterial. No entanto, a insuficiência renal é capaz de provocar hipertensão
devido a retenção excessiva de sais e líquidos. Ademais, a hipertensão pode
lesionar os rins deixando o órgão mais rígido.

Objetivos

Fazer um levantamento
epidemiológico dos casos de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e doença renal
crônica (DRC) comparando as Regiões Norte e Nordeste do Brasil, nos anos de
2002 e 2013.

Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo,
descritivo e comparativo dos casos de HAS e DRC nas regiões norte e nordeste do
Brasil, entre os anos de 2002 e 2013. Os dados foram retirados da plataforma
DATASUS, do sistema de cadastramento e acompanhamento de Hipertensos e
Diabéticos (HIPERDIA), sendo analisadas as variáveis: diagnóstico, sexo e faixa
etária.

Resultados e Conclusões

Resultados: No período estudado, o número de diagnósticos de HAS na
região Norte foi 641.778 mil e na região Nordeste 2.306.080 milhões. Juntas
correspondem a 37,4% dos casos de HAS no Brasil. Destes, na região Norte, 0,44%
(34.748) estão correlacionados com DRC, e na região Nordeste, 0,79% (62.573). O
estado com maior incidência de HAS com DRC foi o Pará e o de menor incidência
foi Roraima, desconsiderando o Acre que não teve nenhum registro. Em ambas as
regiões, a faixa etária de maior prevalência foi entre 40 a 59 anos, apresentando um total de 43,5% (42.392) dos registros de HAS e DRC nos 16 estados analisados,
contudo somente o Maranhão e Ceará tiveram a maior prevalência entre 60 a 79
anos, correspondendo a 7,7% (7.570). Por outro lado, foi observado menor relação
entre as doenças na faixa etária entre 0 e 19 anos, 0,81% (795). Foi observado
ainda uma maior prevalência no sexo sexo feminino. CONCLUSÃO: Em síntese, ao
comparar as regiões percebeu-se que a região Nordeste possui o maior número de
casos de HAS e DRC, mas o estado com maior prevalência é o Pará, pertencente à
região Norte. O perfil epidemiológico traçado foi sexo feminino e faixa etária de 40 a
59 anos, ou seja não possui uma maior frenquencia na população idosa, salvo os
estados do Maranhão e Ceará que a população acima de 60 anos foi a mais
acometida. Contudo, vale ressaltar que os registros disponibilizados pelo DATASUS,
através do HIPERDIA tiveram a sua última atualização em 2013, dificultando a
realização de uma análise mais recente.

Área

Medicina

Autores

MARINA UCHOA DE ALENCAR, Maria Luiza Chaves Fernandes De Figueiredo , Jayanne Castro Aguiar, Barbara Albuquerque Praciano, Eduarda Maia Maurício , Thalita Cordeiro Lima Liberato, Alexya Kelly Cavalcante Lima, Cecília Uchoa Monteiro , Ana Beatriz Gomes Santiago , Antônia Fátima Rebecka Coutinho Brito, Janayra Alves Brito, Maria Tereza Teixeira Negreiros