41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Análise epidemiológica do perfil de mortalidade de idosos por infarto agudo do miocárdio no Brasil

introdução e/ou fundamentos

A necrose de uma área de miocárdio corresponde a um infarto agudo do miocárdio (IAM). A causa mais comum de cardiopatia isquêmica é a insuficiência coronariana causada por aterosclerose. O infarto associa-se a um aumento de mortalidade, principalmente em idosos, devido a fatores de risco que incluem o alcoolismo, a obesidade, o tabagismo e a hereditariedade. Nesse sentido, é importante conhecer a epidemiologia do IAM em idosos com o propósito de identificar os pacientes em situação de risco.

Objetivos

Examinar o perfil epidemiológico de mortalidade por IAM no Brasil, na faixa etária de 60 a 69 anos e 70 a 79 anos, durante os anos de 2015 a 2020.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal descritivo, a partir da coleta de dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) relacionados ao número de óbitos por IAM no Brasil, entre os anos de 2015 e 2020. A população analisada inclui indivíduos das cinco regiões, do sexo masculino e feminino, nas faixas etárias de 60 a 69 anos e 70 a 79 anos, e de todas as raças categorizadas no país.

Resultados e Conclusões

No intervalo de tempo analisado, foram listados 271.421 óbitos por infarto agudo do miocárdio em idosos, com idades de 60 a 79 anos. Houve aumento percentual em cerca de 7,53% entre 2015 (43.716) e 2019 (47.008), sendo registrado uma queda de 6,36% entre 2019 e 2020 (44.018). Em relação ao sexo, o masculino foi predominante, correspondendo a 61,22% dos pacientes (166.178) e o feminino a 38,76% (105.224). O maior número de óbitos ocorreu na região Sudeste (125.644), seguido pelo Nordeste (73.327), Sul (38.941), Centro-Oeste (18.489) e Norte (15.020). Referente à raça, os pacientes brancos lideram com uma percentual de óbitos em cerca de 52,64% (142.885), seguidos por pardos (98.996), pretos (20.594), amarelos (1.472) e indígenas (465).

Por fim, foi averiguado que o perfil de mortalidade por IAM em idosos entre 2015 e 2020 caracterizou-se por uma maior vulnerabilidade de homens brancos entre 70 a 79 anos, predominantemente na região Sudeste. A investigação epidemiológica é crucial para a abordagem de pacientes em situações de risco condizentes com os dados e criação de medidas preventivas para os fatores de risco.

Área

Medicina

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

AURELIO GOMES DE ALBUQUERQUE NETO, Raphael Fernandes Assis Gadelha Botelho, Felipe Cavalcante Fonseca