Dados do Trabalho

Título

Perfil epidemiológico do paciente com hipertensão arterial primária

introdução e/ou fundamentos

A hipertensão arterial (HA) primária é uma manifestação de hipertensão arterial que apresenta causa variável, sendo uma condição multifatorial. É caracterizada por uma elevação persistente da pressão arterial sistólica (PAS) maior ou igual a 140mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) maior ou igual a 90mmHg, contatada por uma técnica correta de medição, em pelo menos duas situações diferentes, na ausência de fármacos anti-hipertensivos.

Objetivos

Traçar o perfil epidemiológico de pacientes com HA primária buscando causas e estratégias de prevenção para essa enfermidade.

Métodos

Trata-se de um estudo observacional-transversal com delineamento analítico, o qual foi realizado por levantamento de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Avaliaram-se óbitos e internações por HA primária no Brasil entre janeiro de 2018 e março de 2022, sendo considerados os seguintes fatores dos pacientes: idade, gênero, etnia e localização geográfica.

Resultados e Conclusões

No período estudado, a região nordeste apresentou 73683 internações e 1305 mortes, colocando-se como a região brasileira de números mais expressivos. Nesse contexto, o Maranhão liderou em internações, e a Bahia, em óbitos. Em relação à caracterização dos pacientes, as mulheres representaram o grupo mais expressivo de internações e óbitos relacionados a HA primária, com 109775 (58%) internações registradas e 1727 (53%) óbitos. Ademais, o perfil étnico-racial dos pacientes é predominantemente pardo, com 79173 (55%) internações, e 1440 (60%) mortes no recorte temporal realizado. Por fim, no que concerne à faixa etária, foi observado que a maior parte das internações estão concentradas na população idosa e que o número de óbitos é proporcional ao avançar da idade. No intervalo de 60 a 69 anos, foram registradas 43348 internações com 633 mortes.

As informações levantadas possibilitam uma extensa visão do perfil dos pacientes com HA e comprova a necessidade de esforços públicos para ampliação de campanhas de prevenção direcionados ao público-alvo, no que concerne à melhora de fatores desencadeantes dessas comorbidades, comumente associadas a hábitos alimentares e físicos deletérios à saúde.

Área

Medicina