Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES NA MENOPAUSA ATENDIDAS NO AMBULATÓRIO DE GINECOLOGIA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO AMAZONAS

introdução e/ou fundamentos

A redução dos níveis hormonais após a menopausa, em especial do estrogênio, é responsável por alterações metabólicas como o aumento nos níveis de LDL, triglicerídeos e a diminuição do efeito protetor do HDL, atuando diretamente no aumento do risco de doenças cardiovasculares.

Objetivos

Avaliar a prevalência dos fatores de risco cardiovascular em mulheres pós-menopausa avaliadas em um ambulatório de ginecologia.

Métodos

Avaliou-se mulheres com pelo menos 1 ano de menopausa, assintomáticas do ponto de vista cardiovascular e sem antecedentes de doenças cardíacas prévias. Foram submetidas a avaliação clínica com exames laboratoriais e doppler de carótidas. Para a avaliação do risco cardiovascular global aplicou-se o Escore de Risco Global de Framingham.

Resultados e Conclusões

Foram avaliadas 164 mulheres com média de idade de 55 anos e média de tempo de menopausa de 6,4 anos. Os fatores de risco cardiovascular mais frequentemente encontrados foram: dislipidemia (68,2%), síndrome metabólica (50%), obesidade (34,1%), hipertensão arterial sistêmica (32,3%), diabetes mellitus (9,1%) e tabagismo (3,0%). O escore de risco de Framingham resultou em risco baixo em 25,6% das pacientes, intermediário em 54,9% e alto em 19,5%. A média da espessura médio intimal das carótidas foi de 0,6 mm e foi detectada placa aterosclerótica nas carótidas em 2,4% das pacientes. Foi detectada uma prevalência significativa de fatores de risco cardiovascular, sendo os mais prevalentes a dislipidemia e a síndrome metabólica. O escore de risco de Framingham foi intermediário ou alto em 74,4% das pacientes. Estes achados sugerem que, durante a consulta ginecológica de rotina, deve-se dar atenção especial aos fatores de risco cardiovascular nas mulheres menopausadas.

Área

Medicina