41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Uso de estimulantes do sistema nervoso central pelos estudantes de medicina

introdução e/ou fundamentos

Estimulantes cerebrais são substâncias que possuem propriedades antidepressivas e de evolução no desempenho cognitivo, além de serem capazes de elevar o estado de alerta e motivação. Destaca-se que estudantes de Medicina representam um dos grupos mais vulneráveis ao intenso consumo dessas substâncias. Sob essa ótica, surge uma preocupação acerca do contexto estudantil.

Objetivos

Avaliar a prevalência, entre os estudantes de Medicina da Faculdade Unichristus Campus Parque Ecológico, do consumo de substâncias estimulantes do sistema nervoso central.

Métodos

Foi realizado um estudo descritivo do tipo transversal através de um questionário para universitários do curso de medicina da Unichristus do 1º ao 12° semestre durante o período de 2022.1, pela plataforma Google Forms, após a aprovação do estudo pelo comitê de ética da Plataforma Brasil. As 27 questões abordaram dados sociodemográficos e o uso de estimulantes por estes estudantes, avaliando frequência, dependência, motivação e início do consumo. A amostra foi composta por 200 alunos de graduação da população total. Excluiu-se os que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os dados foram expressos por uma frequência absoluta e percentual e analisados pelo teste exato de Fisher ou qui quadrado de Pearson. Todas as análises foram realizadas adotando uma confiança de 95% no software SPSS v20.0 para Windows.

Resultados e Conclusões


Foram avaliados 200 estudantes de medicina, sendo a maioria (45,5%) entre 18 e 20 anos. Destes, 69,5% faz uso de estimulantes. 28,5% consomem estimulantes semanalmente, sendo o café, consumido por 72,2% dos alunos. Os principais motivos do uso dessas substâncias foram a tentativa de melhorar raciocínio/atenção (46,7%) e compensar a privação de sono (40,1%).
Acresça-se ainda que 66,7% iniciou o consumo de estimulantes no 1º semestre e 46,7% se sentem dependentes. 57,2% dos alunos necessitam do consumo para ter rendimento completo, e os estudos são prejudicados para 51,4% quando não os consomem. 83.9% aumentaram o uso de estimulantes depois do ingresso à faculdade.
42% dos avaliados passaram a utilizar mais substâncias estimulantes após o início da pandemia do COVID-19.

O consumo de estimulantes e a sensação de dependência entre os estudantes de Medicina foi elevado. Destaca-se que grande parte dos estudantes aumentou o consumo após ingresso na faculdade. Esses resultados são relevantes para compreender o padrão de consumo dos estudantes de Medicina da Unichristus Campus Parque Ecológico.

Área

Medicina

Autores

GIOVANNA ROLIM PINHEIRO LIMA, Maria Beatriz Bezerra Pereira, Letícia Cavalcante Locio , Elissa Soares Machado, Ana Yasmin Mapurunga Perdigão, Luiz Gerson Gonçalves Neto, André Bessa Aguiar, Thiago Rocha Mapurunga , Victor Oliveira Araújo, Rodrigo Carvalho Paiva, Carlos José Mota Lima