41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE BLOQUEIOS DE CONDUÇÃO ELÉTRICA E SUA ASSOCIAÇÃO COM AS PRINCIPAIS ETIOLOGIAS DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA DE AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO.

introdução e/ou fundamentos

INTRODUÇÃO:Alterações eletrocardiográficas de pacientes com Insuficiência Cardíaca podem auxiliar no diagnóstico e corroborar para a definição da etiologia.

Objetivos

OBJETIVO:Verificar associação entre bloqueios de condução elétrica observados no eletrocardiograma e as principais etiologias de Insuficiência Cardíaca de fração de ejeção reduzida (ICFEr) de ambulatório de referência no estado de Pernambuco.

Métodos

MÉTODO:Estudo transversal com 94 pacientes, a partir de um banco de dados com 120 portadores de ICFEr. Foram incluídos pacientes com ecocardiograma com fração de ejeção menor ou igual a 40%. Excluíram-se os que apresentaram etiologia da ICFEr diferente das mais prevalentes no ambulatório (chagásica, hipertensiva, isquêmica ou idiopática).Bloqueios de condução analisados: bloqueio de ramo direito (BRD), bloqueio de ramo esquerdo (BRE), bloqueio divisional antero-superior esquerdo (BDASE) e bloqueio atrioventricular de 1º grau (BAV). Análise dos dados com o SPSS 21.0 e nível de significância <0,05.

Resultados e Conclusões

RESULTADOS:Média de idade de 57 anos (35-82, DP=11,5), homens (55%), pardos (68%), procedentes da Região Metropolitana do Recife (59%), casados (60%) e de baixa escolaridade (69% abaixo do Ensino Fundamental). Comorbidades: sobrepeso/obesidade (67%), hipertensão (61%), dislipidemia (46%) e diabetes (31%).Fração de ejeção média: 29% (12-40%, DP=6,8). A etiologia chagásica correspondeu a 39%, a hipertensiva a 22%, a isquêmica a 22% e a idiopática a 17%. Os ritmos mais frequentes foram o sinusal (60%) e a fibrilação atrial (21%). Duração média do QRS=135 ms (DP=36,8). O bloqueio mais prevalente foi o BRE (37%), seguido do BRD (19%), BDASE (16%) e BAV (10%). Prevalência do BRE: etiologia hiperteniva (62%), isquêmica (40%), chagásica (32%) e idiopática (31%). Prevalência do BRD: etiologia chagásica (35%), isquêmica (10%), hipertensiva (9%) e idiopática (6%). Prevalência do BDASE: etiologia chagásica (22%), hipertensiva (19%) e isquêmica (9%).Prevalência do BAV: etiologia chagásica (13%), idiopática (12%), isquêmica (5%) e hipertensiva (5%). A chagásica esteve associada a maior prevalência de BRD (p=0,002) e a hipertensiva a maior de BRE (p=0,008). A chagásica foi a que apresentou uma maior prevalência de pelo menos 1 distúrbio de condução (72%, p=0,049) e a idiopática a com menor prevalência (37%, p=0,038). CONCLUSÃO:A etiologia chagásica apresentou maior prevalência de distúrbios de condução bem como uma maior associação com BRD, enquanto a hipertensiva com o BRE.

Área

Medicina

Instituições

Ambulatório de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca- PROCAPE/UPE - Pernambuco - Brasil, Universidade de Pernambuco (FCM-UPE) - Pernambuco - Brasil

Autores

BRUNA MACIEL CARDOSO RAMOS REINALDO, Gabriela Arcoverde Wanderley, Silvia Marinho Martins, Carolina Araújo Medeiros, Felipe José Gomes Pereira Lucena, Gustavo Sales Santa Cruz, Larissa Cassiano Araújo, Bruna Guimarães Aguiar, Maria Neves Dantas Silveira Barros, Wilson Alves Oliveira Júnior, Maria Elisa Lucena Sales Melo Assunção, Lorena Alves Mata Ribeiro