41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA DE MEMBRO SUPERIOR COMO MARCADOR DE CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

introdução e/ou fundamentos

O teste de caminhada dos 6 minutos (TC6) é um teste simples, reprodutível e de baixo custo para avaliação da tolerância ao exercício em pacientes portadores de insuficiência cardíaca, além de servir indiretamente para determinar estadiamento clínico, resposta a reabilitação cardiovascular dentre outras. Entretanto, novos testes surgem diariamente com o intuito de contribuir na avaliação global do paciente com insuficiência cardíaca (IC), entre eles os testes de força muscular periférica. Porém existe uma carência na literatura para comprovar a efetividade desses testes na avaliação funcional.

Objetivos

Verificar a relação entre a força muscular periférica de membro superior e o TC6 em pacientes portadores de IC.

Métodos

Estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com pacientes portadores de IC atendidos no ambulatório de um Hospital de referência, no período de maio de 2021 à maio de 2022. Foi aplicado inicialmente um questionário com dados sociodemográficos e dados referentes à condição de saúde. A capacidade funcional foi verificada pelo TC6. A força muscular periférica foi realizada avaliando-se a força de pressão manual por um dinamômetro analógico. Os valores encontrados foram comparados com o esperado para população saudável, de acordo com valores de referência publicados na literatura. O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05).

Resultados e Conclusões

Resultados: Foram avaliados 71 indivíduos, sendo a maioria do sexo masculino (n=38, 53,52%), com média de idade, peso e altura respectivamente 60,21±14,24 anos, 72,41± 14,67 kg e 1,62± 0,09 m. No TC6 os participantes caminharam somente 54,5% do previsto (p=0,000 - 301,029± 155,934 m caminhado x 552,633± 49,112 m previsto). Na força muscular periférica foi observado uma redução de 32,7% (p=0,000) na força muscular no membro dominante (FMMD) quando comparado com o predito e de 28,7% (p=0,000) no membro não dominante (FMMND). Ao realizar a correlação entre a FMMD e FMMND com o TC6 foi observado uma correlação fraca e positiva do lado não dominante (p=0,0438, R=0,2471) porém o mesmo não foi observado no membro dominante (p=0,0569, R=0,2338).
Conclusões: Foi verificado uma redução da capacidade ao exercício e da força muscular periférica na população estudada. Observamos também que essa redução parece ter relação concordante entre os testes, entretanto, mais estudos devem ser realizados para comprovar essa correlação.

Área

Medicina

Autores

DANIELA GARDANO BUCHARLES MONT'ALVERNE, CRISTIANY AZEVEDO MARTINS, BRENNO LUCAS RODRIGUES DA SILVEIRA , FREDERICO LUIS BRAZ FURTADO , GEORGIA DE MELO CASTRO GONDIM , IASMIN CAVALCANTE ARAÚJO FONTES , KETTLEYN ALVES PAIVA , LYSA MAIRA FERREIRA SOARES, MIKAELY LIMA MELO, PAULO HENRIQUE SOUSA CAVALCANTE , VITORIA FONTELES RIBEIRO , ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO