41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

A Importância da Função Atrial Esquerda (FAE) como marcador de Doença Arterial Coronariana (DAC) em paciente sintomático.

introdução e/ou fundamentos

As doenças cardiovasculares (DCV) lideram os índices de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, sendo a doença arterial coronariana (DAC) a causadora de um grande número de mortes (PINHO,2010). Sabemos que a sintomatologia de angústia coronária, que está relacionada com a DAC, é diversa, como angina e cansaço progressivo, assim como está relacionada com a disfunção diastólica.
Segundo os primados do serviço de 2D Ecocardiograma (ECO) da Mayo clinic, o ventrículo esquerdo está para a função sistólica, como o átrio esquerdo está para a função diastólica. E a avaliação da FAE, que é um dos marcadores de extrema importância, possui grande relação com a DAC que é uma doença fundamentalmente diastólica.

Objetivos

Nesse estudo, o objetivo foi avaliar a função do átrio esquerdo em pacientes com sintomatologia recente de angina, através do ECO, para determinar a associação entre a função atrial esquerda e a presença de doença arterial coronariana (DAC).

Métodos

Este estudo é observacional, analítico, transversal e foi realizado no período de março de 2018 à novembro de 2021, no Hospital Geral de Fortaleza. Foram estudados 65 pacientes, sendo 40 do sexo masculino e 25 do sexo feminino, com idade média de 57 anos. Todos apresentavam dor precordial de início recente e não possuíam diagnóstico prévio de DAC. Através do ECO, usando o método de Simpson, calculamos a FAE, tomando como ponto de corte 49%, realizado em aparelho VIVID GE HEALTHCARE CO. Analisamos ainda a função diastólica, espessura parietal, o Doppler Tissular, a velocidade tissular no anel mitral, a massa ventricular, o volume atrial e as dosagens de pro-BNP, Troponina e D-Dímero.

Resultados e Conclusões

Os pacientes foram divididos de acordo com a FAE: grupo A ( N=25) com FAE <49%, E GRUPO B(N=40) com FAE > 49%. Do Grupo A, 18(72%) (p<0,001) tinham DAC passível de intervenção e os demais não tinham DAC. Do Grupo B, 4 pacientes tinham DAC(8,8%) (p>0,1) e apenas 1 necessitou de intervenção. No grupo A, 30% ( p<0,003) tinham alteração na contração segmentar e 70% tinham contração segmentar normal (p<0,001).
A FAE pode ser um excelente marcador para avaliar a presença ou ausência de DAC principalmente nos pacientes sem evidência de qualquer patologia coronária prévia. Em relação a outros marcadores comumente usados, a FAE tem um grau de confiança de 95%, podendo ser comparado ao teste ergométrico, que nem sempre é exequível em todos os casos e em todos os atendimentos de emergência.

Área

Medicina

Autores

ISABEL MARIA BARBOSA BONFIM DE MORAIS, JOSE MARIA BONFIM DE MORAIS, ROSANE ALICE BARBOSA BOMFIM DE MORAIS, LUIZA MATIAS MARQUES, WALTER BATISTA DE SANTANA NETO