41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO E SOCIODEMOGRÁFICO DE SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE PERNAMBUCO

introdução e/ou fundamentos

A síndrome hipertensiva na gestação (SHG) é uma das complicações médica mais comum da gravidez, afetando de 5 a 10% das gestações em todo mundo. Ela é considerada um grave problema de saúde pública, com alta taxa de morbimortalidade materna e fetal, tanto em países desenvolvidos como nos subdesenvolvidos, pois, a prevalência da eclâmpsia em áreas mais desenvolvidas do país é de 0,2%, com mortalidade de 0,8%, enquanto em regiões menos favorecidas sobe para 8,1%, e 22,0%, respectivamente, demonstrando assim a influência de fatores de risco sociodemográficos.

Objetivos

Descrever o perfil clínico e sociodemográfico das mulheres internadas em um hospital de referência do Recife com SHG no ano de 2022.

Métodos

Estudo transversal de base hospitalar, prospectivo, observacional, com abordagem quantitativa em hospital de referência em Pernambuco, com atendimento à gestação de alto risco. Foram incluídas pacientes com SHG internadas no período de março a maio de 2022. Para a coleta de dados foram verificadas informações do prontuário e aplicado questionário socioeconômico. Foram incluídas variáveis como: idade, estado civil, procedência, IMC gestacional, pré-natal, via do parto, comorbidades associadas (hipertensão e diabetes pré-gestacional, doença renal e doença autoimune), tipo de SHG, dados do parto da gestante e do neonato, informações do pré-natal e dados sociodemográficos da gestante.

Resultados e Conclusões

RESULTADOS: Das 65 pacientes estudadas, a síndrome mais prevalente foi a pré-eclâmpsia, seguida da hipertensão gestacional. Houve predominância de pardas (69,23%), com idade média de 27,9 (minímo:15 e máximo.: 44), com união estável ou casadas (64,6%), que trabalham em casa (61,53%), que não possuem ensino médio completo(49,3%), procedentes da região metropolitana do recife (44,6%), seguida do sertão pernambucano (34,78%). Todas tiveram acompanhamento pré-natal, porém 10, 7% tiveram a quantidade de consultas insuficientes de acordo com o preconizado no Ministério da Saúde (mínimo de 6 consultas). O apgar teve uma média de 7,96 no 1‘ (mínima: 4 e máxima: 9) e 9,15 no 5‘ (mínima: 7 e máxima:10). CONCLUSÃO: Nossos resultados, quanto ao perfil da população e a síndromes hipertensivas mostram dados de frequência semelhantes a estudos realizados no Nordeste Brasileiro, no entanto distinto de relatos internacionais. Os óbitos neonatais de 3%, nos alertam a necessidade urgente de maior atenção a patologia, minimizando futuras complicações semelhantes aos dados apresentados.

Área

Medicina

Autores

MARIANA FERREIRA MARTINS DOS SANTOS, ISABELA HADASSA SILVA MENOR , ALINE DUARTE MARANHÃO, SILVIA MARINHO MARTINS ALVES