Dados do Trabalho

Título

CRIAÇÃO DE UMA REDE DE SUPORTE PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA COMO ESTRATÉGIA PARA ATENDIMENTO DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM ZONAS RURAIS DO CEARÁ

introdução e/ou fundamentos

Para garantir maior sobrevida à uma PCR, é necessário um atendimento rápido e precoce da vítima, visto que a cada minuto de retardo do socorro, a chance de retorno da circulação espontânea cai em 7-10%. Todavia, no interior do nordeste, ainda há zonas rurais em que o atendimento médico de urgência não consegue acessar com tanta brevidade. Estudos na Suécia reafirmaram a importância do início da reanimação cardiorrespiratória (RCP) por leigos voluntários, antes da chegada do atendimento médico em situações de PCR extra-hospitalar, no impacto para a sobrevida das vítimas. Dessa forma, foi desenvolvido esse projeto, no intuito de garantir uma rede de suporte voluntário para situações de emergência em zonas rurais do Ceará, como estratégia para atendimento precoce em PCR.

Objetivos

Explicitar um projeto de criação de uma rede de apoio voluntário como estratégia para o atendimento precoce de parada cardiorrespiratória em zonas rurais e demonstrar resultados preliminares do levantamento de fatores de risco para PCR na região escolhida

Métodos

Trabalho descritivo sobre projeto de estudo longitudinal e intervencionista, localizado em uma comunidade na zona rural de Russas, no interior do Ceará.

Resultados e Conclusões

Leigos serão recrutados para um treinamento em RCP por meio de campanhas de divulgação. Os treinamentos ocorrerão de forma contínua a cada 2 meses durante 2 anos, com o objetivo de treinar o maior número de voluntários possível. Além disso, durante o treinamento será feito um levantamento de fatores de risco para PCR dentre os participantes. A comunidade será instruída a acionar tanto o serviço de urgência como os socorristas voluntários em situações de emergência. O acionamento dos leigos voluntários diante uma parada cardiorrespiratória garantirá o início da RCP, antes da chegada do atendimento médico. Como resultados preliminares, até o momento, foi realizado um treinamento, com a capacitação de 10 leigos. A idade média dos participantes foi de 46,7 (±8,08), 40% possuíam ensino superior completo e 70% eram mulheres. Dentre os participantes, 50% afirmaram já ter presenciado uma PCR, nenhum havia feito qualquer curso prévio de RCP e 80% afirmaram se sentirem capazes de disseminar o conhecimento adquirido no treinamento para a comunidade. Portanto, o treinamento de leigos para o atendimento breve a vítimas de parada cardiorrespiratória se mostrou como estratégia relevante para ser aplicada em zonas rurais em que o atendimento de urgência não garante suporte imediato