41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ENTRE OS ANOS DE 2016 E 2021 NO ESTADO DO CEARÁ

introdução e/ou fundamentos

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma doença com alta incidência na população brasileira, considerada assim, um problema de saúde pública. A IAM é caracterizada como uma doença cardiovascular grave, sendo sua principal causa o acúmulo de placa aterosclerótica, causando oclusão na parede do vaso e dificultando a passagem do sangue para órgãos, tecidos e células.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico de óbitos por Infarto Agudo do Miocárdio entre os anos de 2016 a 2021 no Ceará e observar as diferenças nos índices de óbitos entre as faixas etárias e sexos.

Métodos

Este é um estudo ecológico descritivo, a partir de informações da plataforma do DATASUS (TABNET), na aba Morbidade Hospitalar do SUS, geral, a partir de 2008, por Local de Internação, com abrangência geográfica no estado do Ceará. Na seção linha foi escolhido “Ano processamento” e na coluna “Faixa Etária 1”, já no conteúdo foi selecionado “Óbitos”, entre 2016 a 2021. Na categoria de Lista de Morbidade CID-10 foi selecionado “Infarto agudo do miocárdio”, comparando com a variável sexo, feminino e masculino. Para análise dos dados, foi utilizado o programa OpenEpi.

Resultados e Conclusões

Houve um aumento de 47,33% de óbitos por Infarto Agudo do Miocárdio no Ceará entre os anos de 2016 e 2021. No entanto, esse crescimento foi maior no sexo feminino, com um aumento de 49,1%, enquanto no sexo masculino, foi de 45,6%. Quando há o cruzamento dos dados de faixa etária e sexo, vê-se que esse tendência segue o padrão. Pelos dados observados, no sexo feminino, as faixas etárias “30 a 39 anos”, “40 a 49 anos” e “50 a 59 anos”, obtiveram o maior aumento percentual, com 80%, 52,6% e 62,5%, respectivamente. Apesar da faixa etária “80 anos e mais” apresentar o maior número absoluto (419 de óbitos entre 2016 e 2022), houve um aumento de 48% nesse período. Já no sexo masculino, a faixa etária de “70 a 79 anos” foi a que obteve maior aumento percentual (53,6%). Indo de encontro com a tendência, a faixa etária “30 a 39 anos”, no sexo masculino, teve uma expressiva redução de 66,67% de óbitos entre 2016 e 2021.
Conclui-se que há uma tendência de crescimento de óbitos por IAM no Ceará. Além disso, percebe-se que no sexo feminino teve um aumento de óbitos mais expressivo. Esses dados seguem o perfil da sociedade atual, visto que sedentarismo, obesidade, estresse, entre outros, são fatores de risco para a doença. Dessa forma, urge a necessidade de uma intervenção na atenção primária da saúde, já que estes são fatores modificáveis.

Área

Medicina

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Ceará - Brasil

Autores

JHULIA DE AGUIAR POLLEZE, FELIPE SALIM HABIB BUHAMARA ALVES NASSER GURJÃO, BÁRBARA BARBOZA DE ALENCAR, JOSÉ OLIVER XIMENES CARNEIRO FILHO, MARÍLIA ROCHA SILVA, WENDELLY SOARES TORRES, CARLA JOYCE OLIVEIRA DA SILVA, ESTERFFANE RODRIGUES PAIVA