41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

ABORDAGEM ENDOVASCULAR NA DISSECÇÃO DA AORTA TIPO A

introdução e/ou fundamentos

A Dissecção Aguda de Aorta (DAA) destaca-se como importante causa de morbimortalidade cardiovascular. É caracterizada pela súbita penetração de sangue na camada média da artéria aorta, em virtude de uma lesão na camada íntima. Nesse contexto, subdivide-se a DAA em tipos A e B. O tipo A envolve casos em que há lesão da aorta ascendente, ao passo que o tipo B representa os quadros sem envolvimento desta. Apesar de o tratamento para o tipo A ser principalmente cirúrgico, a utilização de terapia endovascular pode ser uma alternativa útil em alguns casos.

Objetivos

O objetivo deste trabalho consiste em buscar compreender o estado atual da abordagem terapêutica endovascular no tratamento de pacientes acometidos por DAA tipo A.

Métodos

O Estudo consistiu em uma pesquisa descritiva de análise qualitativa no formato de revisão da literatura. Assim, foi realizada uma busca de artigos científicos nas fontes de dados eletrônicas Google Scholar e PubMed, utilizando a combinação dos descritores: "aortic dissection", "type a", "endovascular", “treatment”. Foram, por fim, selecionados oito artigos publicados entre os anos de 2013 e 2020.

Resultados e Conclusões

O diagnóstico da doença é feito por meio de sinais e sintomas clínicos, exames laboratoriais e exames de imagem, sobretudo a angiotomografia de tórax, estudo de escolha para pacientes hemodinamicamente estáveis. Quanto à conduta, apesar de a cirurgia reduzir a mortalidade em todos os grupos presentes com dissecção de aorta e ser a opção de padrão ouro, cerca de 20% pacientes são contraindicados para a realização do procedimento devido a risco cirúrgico muito alto ou proibitivo. Tais pacientes, de forma alternativa, podem ser submetidos à terapia endovascular, por meio do implante de endopróteses adequadas para cada caso em questão. Menor risco para idosos e pessoas com múltiplas comorbidades, menor trauma sistêmico e a não necessidade de circulação extracorpórea estão entre as suas possíveis vantagens. Evidentemente, tal procedimento não é isento de risco, havendo possibilidade de uma série de complicações imediatas e tardias relacionadas ao método. Foi observado que essa modalidade de tratamento pode apresentar bons resultados de médio prazo no prognóstico desse tipo de paciente. A DAA é uma emergência que exige rápida identificação e manejo. A terapia endovascular pode ser útil em casos específicos, sendo considerada um método de tratamento alternativo, porém a cada dia mais pesquisado, adquirindo progressiva confiabilidade e robustez em situações adequadas.

Área

Medicina

Instituições

Universidade Federal do Ceará - Ceará - Brasil

Autores

YURI VALENTIM CARNEIRO GOMES, Emily Damascena Bezerra, Beatriz Guimarães Amorim Luna, Gabriel Cruz Lopes, Jean Lopes Queiroz, Larissa Bezerra Santiago, Luís Fernando Peixoto Mota, Thaís da Silva Camelo, Tiago Tanimoto Ribeiro, Victor da Silva Lima, Caio Silas Rodrigues Costa, Heraldo Guedis Lobo Filho