41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

EFICÁCIA DA ASPIRINA EM BAIXAS DOSES NA PROFILAXIA DA PRÉ-ECLÂMPSIA

introdução e/ou fundamentos

A aspirina é um fármaco pertencente ao grupo dos anti-inflamatórios não-esteroides, a qual possui propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Ela é, atualmente, o medicamento mais prescrito na prevenção de complicações cardiovasculares e, utilizada em baixas doses, mostra-se eficaz na profilaxia da pré-eclâmpsia.

Objetivos

Identificar na literatura a eficácia da aspirina em baixas doses na prevenção da pré-eclâmpsia.

Métodos

Consiste em uma revisão de literatura embasada no questionamento: qual a eficácia da utilização da aspirina em baixas doses na profilaxia da pré-eclâmpsia? Foram utilizados os descritores DeCS/MeSH “aspirin”, “low-dose” e “pre-eclampsia” intercruzados com o operador booleano “AND”, para a busca nas bases de dados Medline e Lilacs. Os critérios de inclusão foram publicações dos últimos sete anos, disponíveis na íntegra. Assim, foram selecionados seis artigos para compor o presente resumo.

Resultados e Conclusões

Na pré-eclâmpsia, a hipóxia placentária e o estresse oxidativo culminam em um desequilíbrio na relação TXA2/Prostaciclinas (PGI2), favorecendo a vasoconstrição sistêmica. Esse desequilíbrio pode ser revertido em duas semanas de tratamento com aspirina em baixas doses, a qual promove a inibição da secreção de TXA2 sem alterar a secreção de prostaciclina endotelial, contribuindo, assim, para vasodilatação. Ademais, em condições hipóxicas, a aspirina inibe a expressão da proteína sFlt-1, apresentando atividade pró-angiogênica e contribuindo para um desfecho positivo nas gestantes com alto risco para pré-eclâmpsia. Estudos clínicos demonstraram bons resultados, na prevenção da pré-eclâmpsia, com a administração de aspirina iniciada antes da 16ª semana de gestação, além de se observar caráter dose dependente, limitando-se a uso de 150 mg por dia. Ainda não reduzidos os estudos com doses superiores a 100 mg. O risco de complicações maiores à mãe e ao feto, com exceção de um leve aumento no risco de descolamento prematuro da placenta (DPP), não foi evidenciado. Assim, a utilização da aspirina em baixas doses, como prevenção da pré-eclâmpsia, tem eficácia comprovada, no entanto, há que se ter maior cautela na administração em pacientes com risco de DPP. Ademais, devem ser realizados mais estudos com doses acima de 100 mg e antes da 16ª semana de gestação, a fim de se estabelecer um tratamento preventivo mais exitoso e seguro para essa importante complicação cardiovascular de alta prevalência na gravidez.

Área

Medicina

Instituições

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - Ceará - Brasil, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Ceará - Brasil, UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - Bahia - Brasil

Autores

JOAO LUIS MATOS RIBEIRO, GABRIELLA FIDELIS DE SÁ, JOANA ALVES CARNEIRO, ANA CAROLINA NOGUEIRA ROCHA LIMA, LUANA SOUZA ARAGÃO MONTEIRO, AMANDA COLAÇO MORAIS TEIXEIRA, CAIO PESSOA CRUZ, EDNARDO RAMOS DE MENESES, FRANCISCO ADRIANO BRITO AGUIAR JÚNIOR