41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DA REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR NA QUALIDADE DE VIDA, CAPACIDADE FUNCIONAL E FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

introdução e/ou fundamentos

A insuficiência cardíaca (IC) permanece como um desafio a nível global. A IC possui diversos fatores de risco e causa vários prejuízos à saúde. Várias pesquisas têm encontrado efeitos positivos para a reabilitação cardiovascular como tratamento de indivíduos com IC.

Objetivos

Avaliar o impacto da reabilitação cardiovascular na capacidade funcional, qualidade de vida e força muscular periférica em indivíduos portadores de IC.

Métodos

Estudo de intervenção do tipo ensaio clínico controlado não-randomizado, em pacientes com diagnóstico clínico de insuficiência cardíaca do setor ambulatorial. Foram incluídos indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, que não tinham realizado nenhum programa de reabilitação cardiovascular no ano anterior, sem histórico de internação por descompensação nas últimas 2 semanas, e com ausência de contraindicações para realizar exercício físico, sendo excluídos aqueles que realizaram menos de 50% do programa de exercícios físicos. Os participantes foram submetidos a uma avaliação inicial e a uma reavaliação após o 16º atendimento. Foram avaliados os desfechos de qualidade de vida, capacidade funcional e força muscular periférica, avaliados pelo Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire, Teste da Caminhada de 6 Minutos (6MWT) e pelo Teste de Força de Preensão Palmar, respectivamente, além da classificação funcional do New York Heart Association (NYHA). Foram realizados exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular, seguindo protocolo já publicado na literatura.

Resultados e Conclusões

Foram avaliados 12 pacientes, a maioria do sexo masculino (58,3%, n=7), com média de idade de 60,258,9 anos. Foi observado uma melhora na distância percorrida de 12% passando de 391,2560,5 metros para 438,3364,1 metros (p=0,009). Na qualidade de vida foi observado uma melhora de 40,6%, passando de 24,4121,53 pontos para 14,5020,92 pontos, entretanto a mesma não foi estatisticamente significante (p=0,240). Na força muscular do membro dominante foi observado uma melhora de 19,7%, passando 21,589,59 kgf para 25,838,22 kgf (p=0,010). Na classificação da NYHA houve melhora dos sintomas reduzindo de 1,910,90 para 1,160,39 (p=0,012) Concluímos que o protocolo proposto foi eficaz na melhora da capacidade funcional, qualidade de vida e força muscular periférica em indivíduos portadores de IC. Além disso, a melhora no TC6 foi considerada clinicamente relevante.

Área

Multiprofissional

Instituições

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO - Ceará - Brasil, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Ceará - Brasil

Autores

DANIELA GARDANO BUCHARLES MONT'ALVERNE, VITORIA FONTELES RIBEIRO , MARILIA ISABELLE DE LIMA MOTA , GYSLANE FELIX SOUSA, MARILIA GABRIELA DO NASCIMENTO BARROS , IASMIN CAVALCANTE ARAÚJO FONTES , MARIA JULIA ALVES DAMASCENO, JULIA MARIA SALES BEDÊ , KETTLEYN ALVES PAIVA , LYSA MAIRA FERREIRA SOARES , CRISTIANY AZEVEDO MARTINS, ALMINO CAVALCANTE ROCHA NETO