41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Telemedicina em cardiologia para acompanhamento ambulatorial de pacientes com alto risco cardiovascular no cenário covid-19: uma revisão de literatura.

introdução e/ou fundamentos

A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo novo tipo de coronavírus (SARS-Cov-2), sendo em março de 2020 caracterizada pela OMS como uma pandemia. Dentre fatores de risco para quadros graves desta doença destacam-se as comorbidades como hipertensão, diabetes e outras doenças cardiovasculares. Em resposta à epidemia de COVID-19, a quantidade de atendimentos clínicos eletivos têm sido reduzidos. Nesse contexto, a telemedicina tem sido utilizada como método para assistência remota e manutenção de consultas médicas, permitindo identificação de pacientes com necessidade de retornos clínicos prioritários, bem como orientações e esclarecimentos à distância aos pacientes. O presente estudo avaliou o impacto das medidas de enfrentamento da pandemia de COVID-19 utilizando-se a telemedicina para acompanhamento clínico de pacientes com alto risco cardiovascular.

Objetivos

Realizar um estudo de revisão sobre o impacto da telemedicina no seguimento ambulatorial de pacientes com alto risco cardiovascular durante a pandemia COVID-19.

Métodos

Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, a partir do estudo de 7 publicações científicas publicadas entre 2020 e 2022. Dos quais, foram selecionados 3 (três), que estão presentes na base de dados PubMed e Scielo, e foram utilizados como termos de pesquisa: "Telemedicina”; "Cardiologia"; "Risco Cardiovascular"; "Covid-19", terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs).

Resultados e Conclusões

Observou-se que a maioria dos pacientes (80%) não compareceu à consulta, referindo ter seguido recomendações do HC-FMRP-USP, enquanto 13% dos pacientes relatou não comparecimento devido ao medo de contaminação pelo SARS-CoV-2 intrahospitalar e 3% dos pacientes não obteve meio de transporte para a consulta, sendo que 4% dos pacientes relatou outros motivos. Retornos “prioridade alta”, “intermediária” e “baixa” foram agendados para 15%, 22% e 63% dos pacientes, respectivamente. Além disso, a necessidade de receita médica foi apontada por 8% dos pacientes. Metade dos pacientes considerou que o reagendamento da consulta foi melhor para a sua saúde, enquanto que essa medida foi considerada indiferente ou pior para a própria saúde por 30% e 20% dos pacientes, respectivamente. Conclui-se, que a telemedicina em cardiologia para o enfrentamento da COVID-19 é bastante eficaz e de grande aceitação pelos pacientes, permitindo triagem de casos prioritários e gerenciamento dos retornos ambulatoriais.

Área

Medicina

Autores

CECILIA BRUNA DE ALMEIDA, YURI BRAIDE CARNEIRO