41º Congresso Norte Nordeste de Cardiologia e 27° Congresso Cearense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DO CONHECIMENTO DE CEARENSES ACERCA DO RECONHECIMENTO DE UMA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E ACIONAMENTO DO SERVIÇO MÉDICO DE EMERGÊNCIA

introdução e/ou fundamentos

A Parada Cardiorrespiratória (PCR) requer abordagem imediata para aumentar as chances de sobrevida das vítimas. Portanto, saber reconhecer um paciente em PCR, para o início de manobras de Reanimação Cardiopulmonar (RCP), e saber acionar o Serviço Médico de Emergência (SME), para o atendimento especializado da vítima, estão entre os pontos essenciais a uma assistência bem-sucedida e deveriam ser de conhecimento da população geral.

Objetivos

Avaliar o conhecimento de cearenses sobre 2 dos passos iniciais da abordagem a uma PCR: o reconhecimento da PCR e o acionamento do SME.

Métodos

Consiste em um estudo transversal no qual uma amostra da população cearense foi selecionada por conveniência. Os voluntários responderam a um formulário virtual sobre treinamento prévio em Suporte Básico de Vida (SBV), reconhecimento de PCR e acionamento do SME. Informações contidas nas Diretrizes de RCP de 2020 da American Heart Association (AHA) foram usadas para elaboração do questionário.

Resultados e Conclusões

Um total de 174 voluntários participaram da pesquisa. Do total, 64,4% nunca haviam sido capacitados em RCP/SBV, 24,7% já haviam assistido a uma aula sobre o assunto e 10,9% já tinham treinamento em SBV. Quando solicitados a descrever uma pessoa em PCR, 55,2% afirmaram não saber descrever, 24,1% dos voluntários deram respostas compatíveis com a definição das diretrizes da AHA: "Ausência de resposta, de respiração (ou presença de respiração anormal ou gasping) e de pulso”. Dos que responderam corretamente, 69% eram profissionais/estudantes da área da saúde, 16,7% eram população leiga, mas já haviam sido capacitados em SBV e 14,3% eram leigos sem capacitação. Dos voluntários, 20,7% descreveram características que não definiriam uma PCR, destacaram-se “falta de ar” presentes em 30,5% das respostas inadequadas, “dor no peito” em 27,8% e ambas as características em 16,7% dessas respostas. Outras características como “visão turva” e “convulsões” estavam presentes em menor percentual. Quando solicitados a responder o telefone do SME local (Serviço de Atendimento Móvel de Emergência), 65,5% das pessoas responderam corretamente, 23% erraram e 11,5% não souberam responder. Dessa forma, foi avaliado o conhecimento de cearenses em relação ao reconhecimento de eventos de PCR e acionamento do SME e observou-se que o conhecimento da amostra selecionada nesses tópicos ainda é insuficiente. Dada a importância da rápida abordagem a vítimas de PCR, reforça-se a necessidade de ações educacionais em SBV para essa comunidade.

Área

Medicina

Instituições

Universidade Federal do Ceará - Ceará - Brasil

Autores

JOSE LEVI TAVARES CAVALCANTE, MARIANA SALLES BALLALAI, RENATA PINHEIRO MARTINS DE MELO, JAMILLE TELES MEDEIROS, MARCELO BRITO CAVALCANTE, RAYSSA LANA MENEZES DE SOUSA, RAFAEL CAVALCANTE LIMA CHAGAS, GABRIEL BARBOSA GASPAR, FRANCISCO GABRIEL RODRIGUES DIAS, HELENA RAQUEL NOGUEIRA DE OLIVEIRA, MARIA BEATRIZ SALES LIMA, ISABELA ARAGÃO COLARES