V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA SIFILIS CONGENITA NO MARANHAO ENTRE OS ANOS 2014 E 2017

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica de evolução crônica causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo ocorrer transmissão sexual ou vertical e causar respectivamente a forma adquirida ou congênita da doença. A transmissão vertical da sífilis ocorre por via hematogênica, na qual há infecção do feto por meio da placenta quando atinge gestantes que não realizam o tratamento ou realizam inadequadamente. OBJETIVOS: Abordar o perfil epidemiológico da sífilis congênita no Maranhão entre os anos 2014 e 2017. METODOLOGIA: Estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo, com a utilização de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados são referentes aos casos confirmados de sífilis congênita no Maranhão entre 2014 e 2017. As variáveis estudadas foram: ano do diagnóstico, município de notificação, faixa etária da criança, classificação final, raça, escolaridade da mãe, realização do pré-natal, confirmação da infecção materna, evolução e tratamento do parceiro. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A incidência da sífilis congênita apresentou tendência crescente entre os anos de 2014 (340), 2015 (491) e 2016 (512), com redução em 2017 (432), totalizando 1.775 casos durante os quatro anos pesquisados durante o estudo. Verificou-se maior número de casos de sífilis congênita no município de São Luís (861), seguido de Imperatriz (282). Identificou-se maior quantidade de casos confirmados de sífilis congênita na faixa etária de até seis dias de nascimento (1.608) e a maioria classificados como sífilis congênita recente (1.473). Verificou-se maior número de sífilis em gestantes pardas, com ensino fundamental incompleto e nas que realizaram o pré-natal (1.447). Observou-se que maior número de ocorrências de sífilis materna foram identificadas durante o pré-natal e a maioria dos casos de sífilis congênita evoluiu com criança viva (1.494). Constatou-se que 805 dos casos não houve tratamento do parceiro. CONCLUSÃO: O expressivo número de casos confirmados de sífilis congênita no intervalo do estudo no Estado do Maranhão evidencia a ineficiência no diagnóstico precoce e no tratamento adequado da gestante infectada e do seu parceiro. É necessário desenvolvimento de medidas de prevenção mais eficazes, visto tratar-se de uma doença totalmente evitável.

Palavras-chave (máximo 3)

Sífilis congênita, Maranhão, Epidemiologia

Área

Infecções bacterianas e micobacterianas

Autores

Gilberto Pinto Jansen Pereira Filho, Maria Victória Hiluy Habibe Bezerra, Karollanny Alves Costa Lima, Maria Gabriela Martins Silva, Raísa Helena Barroso Serafim de Sousa, Stefani e Silva Lima, Vanessa Campos Silva Pinheiro, Yasmin Aguiar Cordeiro