V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO ENTRE O RISCO DE OBITO POR LINFOMA NAO HODGKIN ENTRE HIV POSITIVOS E NAO INFECTADOS NO CEARA.

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos houve um aumento no número absoluto de novos casos de HIV no Brasil, chegando a 48 mil no ano de 2016. Essa população possui um risco maior de desenvolver Linfoma não Hodgkin, consequente provavelmente da supressão do sistema imune pela infecção, essa especificidade leva a um prognóstico diferente do estimado para linfoma em indivíduos HIV negativo. OBJETIVO: Este estudo objetiva relacionar o número de óbitos por linfoma não Hodgkin em portadores de HIV com o número total de óbitos por linfoma não Hodgkin, no estado Ceará, no período de 2007 a 2016, para determinar o quão maior é o risco de desenvolver essa doença em pacientes HIV positivos e de alguma forma contribuir com a atenuação desse quadro, por meio do melhor conhecimento deste. METODOLOGIA: O estudo foi desenvolvido com dados coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) selecionando-se morbidade hospitalar do SUS Geral, na aba de estatísticas vitais, pelo CID-10, por local de internação, para a coleta do número de óbitos totais por linfoma. Além dos dados provenientes do Departamento de Vigilância de doenças e agravos não transmissíveis e promoção da saúde, selecionando-se a opção painel de monitoramento da mortalidade CID 10, para a coleta do número de óbitos por linfoma em portadores de HIV, em ambos o período escolhido foi 2007 a 2016. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram registrados 116 óbitos por linfoma não Hodgkin em portadores de HIV em 2007, e 139 em 2016, representando um aumento de 19.82% e uma média de 125 óbitos por ano no período. No que tange aos óbitos totais por linfoma não Hodgkin, 122 em 2007, 153 em 2016, com uma média de 132 por ano HIV, linfoma, óbitos.e uma evolução de 25,40%. Em média 94,96% dos óbitos por linfoma são HIV positivos, representando um risco de 18,84 vezes maior de um indivíduo portador de HIV morrer de linfoma em comparação com um não portador. É de fundamental importância mais atenção do poder público de saúde para com o combate ao HIV e suas complicações, principalmente no que tange à prevenção de neoplasias malignas e na sua detecção precoce em portadores em estágios avançados da doença, pois apresentam um risco bem maior em relação a não infectados pelo vírus.

Palavras-chave (máximo 3)

HIV, linfoma, óbitos.

Área

HIV/ AIDS

Autores

GRACIELE GOMES SOUSA, MIGUEL MARCELO FREIRE DE MELO, RAYANY RODRIGUES, BRUNNO ALEXANDER OLIVEIRA, ARTUR COSTA CRUZ, PIERRE RAMOS COSTA NETO, JOSÉ FRANCISCO IGOR SIQUEIRA FERREIRA, RENATA BEZERRA DE AMORIM