V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

PUERICULTURA IN LOCUS: A VISITA DOMICILIAR COMO ESTRATEGIA DE MONITORAMENTO E VIGILÂNCIA DO ESQUEMA VACINAL DE CRIANÇAS VULNERAVEIS

Resumo estruturado

Introdução: As doenças imunopreveníveis se encontram em tendência decrescente de incidência no Ceará, colocando o estado como uma das maiores coberturas vacinais do país - o estado está acima da meta de 95% do PNI. O desafio para manutenção da homogeneidade dessa cobertura ainda persiste. Para isto, evidencia-se a necessidade de atuar de maneira mais próxima às comunidades, valendo-se da puericultura in locus como estratégia de acompanhamento da Saúde da Criança que, dentre outras formas de cuidado integral, têm a atualização do esquema vacinal como uma de suas prioridades. Objetivo: Expor taxas de adesão à imunização em comunidade de Fortaleza, além da influência de ações de extensão voltadas para o acompanhamento do calendário vacinal infantil. Metodologia: O Projeto Serrinha de Acompanhamento Familiar (PROSAF) é um projeto de extensão da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, que atua no bairro Serrinha, em Fortaleza, considerado de risco e vulnerabilidade (IDH=0,28) e, portanto, suscetível significativas cargas de doenças transmissíveis. Semanalmente são realizadas visitas domiciliares, nas quais o objetivo é a consulta de Puericultura à lactentes de até 12 meses, em que cada uma é visitada a cada trimestre. 42 bebês foram acompanhados no período de janeiro de 2016 a outubro de 2018. É preenchida uma ficha que segue o esquema básico de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde e foi analisada a adesão à imunização entre as consultas. Resultados e Discussão: Na ocasião, além de informações gerais sobre cuidados com o bebê, são feitas orientações acerca da imunização, de acordo com a faixa etária que a criança se encontra. Ao verificar no cartão infantil possíveis atrasos, é informado aos pais ou responsáveis e se conversa sobre a importância de manter o cartão de vacinas atualizado, as doenças prevenidas, períodos de campanha, recomendações sobre quais condutas tomar antes e após a vacina e possíveis reações adversas pós-vacinação. Resultados: Das 42 crianças acompanhadas no período, 8 apresentaram algum atraso no esquema básico de vacinação. Os motivos relatados foram alergias e/ou outros problemas de saúde do lactente na semana oportuna para aplicação, ausência da vacina na unidade básica da área e ainda atrasos não justificados. Nas visitas subsequentes observou-se regularidade no esquema vacinal das crianças que anteriormente tiveram algum atraso no cartão. Conclusão: Estratégias básicas de incentivo ao esquema de vacinação preconizado pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI) se mostraram necessários para evitar as possíveis fragilidades que comprometem o hábito na comunidade atendida. Ademais, em um período de mitos e superstições acerca de efeitos de vacinas, educação em saúde contribui para difundir a importância destas para o controle de doenças imunopreveníveis. Referências: MADEIRA, Vanessa. Coberturas vacinais do Ceará são as mais altas do Brasil. Diário do Nordeste. Fortaleza, 21 jun. 2018. Metro.

Palavras-chave (máximo 3)

infectopediatria; saúde da comunidade; saúde da criança

Área

Imunizações / Infectopediatria

Autores

LUCAS CASTRO DE OLIVEIRA, CAMILA ALBUQUERQUE LIMA, NICOLAS ARAUJO GOMES, HELENA DIAS PEREIRA, NYCOLLE ALMEIDA LEITE, MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE GOMES, LUCIANO PAMPLONA DE GOES CAVALCANTI