Dados do Trabalho
Título
INCIDENCIA DE INFECÇAO EM PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM PACIENTES EM UMA UNIDADE CORONARIANA
Resumo estruturado
INTRODUÇÃO: As unidades coronarianas (UCO) apresentam um perfil e fluxo de pacientes diferenciados das diversas outras especialidades assistidas em terapia intensiva, porem o tempo de permanência nestes setores está como nas demais, diretamente ligado ao tempo de uso de procedimentos invasivos, os quais podem desencadear durante a internação processos infecciosos, iatrogenias ou demais eventos adversos (SILVEIRA et al., 2016). Podem-se destacar as técnicas e procedimentos invasivos mais utilizados nestes setores: cateter de monitorização de pressão arterial invasiva (PAi/PAM) por punção ou dissecção de artéria; intubação orotraqueal (IOT) para instalação de ventilação mecânica (VM); sondagem vesical de demora (SVD) para mensuração de débito urinário, indispensável para o balanço hídrico de pacientes em pós operatório imediato de cirurgia cardíaca ou em grau avançado de Insuficiência Cardíaca (IC); cateter venoso central (CVC) para infusão contínua de drogas vasoativas. (FRANCO, 2011). Tais métodos são de grande importância para a terapêutica eficaz e acompanhamento fidedigno de pacientes cardiológicos em estado crítico, desse modo sua eficácia e necessidade devem sempre estar sob a vigilância permanente da equipe de terapia intensiva. OBJETIVO: Expor os indicadores anuais da relação entre o tempo de permanência e o uso de métodos e procedimentos invasivos, bem como o seu desfecho clínico. METODOLOGIA: O Presente trabalho trata-se de um estudo documental, retrospectivo de abordagem quantitativa, tendo como base os dados coletados pela comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) do Hospital do Coração de Sobral-CE, referentes ao ano de dois mil e dezesseis. RESULTADO/DISCUSSÃO: Durante a amostra anual observou-se a média de 327 pacientes/dia/período, já a média de permanência na Unidade Coronariana foi de 3,5 dias. Quanto à taxa de uso de procedimentos invasivos o resultante: 4,4% dos pacientes utilizaram VM na internação, seguido de 25% o uso de CVC e 16,1% de SVD. Vale ressaltar que neste período 0,89% dos pacientes apresentaram flebite por uso de DVA e 0,23% desenvolveram lesões por pressão. É valido ressaltar que 1,17% dos pacientes com mais de vinte e quatro horas de internação em UCO evoluíram a óbito. CONCLUSÃO: As internações hospitalares prolongadas aumentam o risco de eventos adversos associadas a procedimentos e técnicas invasivas de média e alta complexidade, tendo em vista o estado de fragilidade física e instabilidade hemodinâmica do paciente, desse modo a vigilância e monitorização de processos invasivos se mostra de extrema importância para minimizar estes danos, bem como o contínuo acompanhamento das taxas de permanência e intercorrências da unidade para o desenvolvimento de ações de melhoria da qualidade do serviço a fim de diminuir progressivamente os indicadores.
Palavras-chave (máximo 3)
Unidade Coronariana, Infecção, IRAS.
Área
Infecções relacionadas à assistência da saúde / Resistência microbiana
Autores
Eliane Cruz do Nascimento, Francisco Ariel Santos da Costa, Alesandro Lima de Vasconcelos, Francisco Alberto Lima, Kairo Cardoso da Frota, Beatriz Paiva Aragão, Leniane da Cruz Nascimento, Idia Nara de Sousa Veras