V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS MORTES POR TUBERCULOSE NO CEARA, NO PERIODO DE 2008 A 2017

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma doença milenar e infectocontagiosa crônica causada por um bacilo álcool-ácido resistente, mycobacterium tuberculosis, que pode afetar diversas estruturas, tais como, pulmão (local mais comumente afetado), ossos, articulações, linfonodos e pleura. No ano de 2017 o CE apresentou a 7ª maior incidência do país (mais de 4 mil casos), ficando atrás somente dos estados de SP, RJ e RS. Nos anos de 2008 a 2017 ocorreram 40.367 casos ocasionando 1.231 óbitos. Tais fatos demonstram a importância do estudo epidemiológico desta enfermidade em nosso estado a fim de minorar suas consequências. OBJETIVO: Descrever a mortalidade de Tuberculose no CE a partir dos dados colhidos no DATASUS, dos anos de 2008 a 2017. MATERIAIS/MÉTODOS: Foi realizado um estudo epidemiológico, quantitativo e descritivo a partir dos dados disponíveis no sítio eletrônico do sistema único de saúde (DATASUS). Os dados foram analisados e organizados no Microsoft Excel 2016, resultando em frequências médias e absolutas. DISCUSSÃO e RESULTADOS: No CE, nos anos de 2008 a 2017 houveram 1.231 óbitos com um total de 40.367 casos. De 2008 a 2014 ocorreu uma redução de aproximadamente 14% no número de casos, porém o número de mortes não sofreu redução apresentando uma média de 118/ano. De 2014 a 2017 a incidência da doença voltou a crescer, todavia a média de mortes decresceu para 108,5/ano. Fortaleza, no período considerado, foi a macrorregião com o maior número de óbitos, representando mais de 75% das mortes de todo o estado, seguido por Sobral e Cariri. O sexo mais afetado foi o masculino (882), morrendo cerca de 2,5 vezes a mais que as mulheres (349). Já no quesito faixa etária a mais afetada foi de 45-54 anos representando um total de 421 mortes (34%), e a menos afetada foi de 0-14 com somente 14 óbitos (1%). Fica evidente que o número de mortes no estado do CE é preocupante. Tal problemática se deve, em parte, a pouca adesão dos pacientes, sobretudo os homens, devido ao longo tempo de tratamento (6 meses). CONCLUSÃO: A partir destes dados fica evidente que Fortaleza é responsável por mais da metade dos óbitos, o que nos demonstra a necessidade de mais campanhas de promoção e prevenção em saúde nesta cidade. Já o sexo masculino, deve ser tratado com mais atenção, pois esta população morre 2,5 vezes a mais que a feminina. Mais estudos devem ser realizados para elucidar o porquê do alto índice de mortalidade no CE especialmente em Fortaleza, na população masculina e em pessoas de 45-54 anos.

Palavras-chave (máximo 3)

TUBERCULOSE, DATASUS, DOENÇAS INFECCIOSAS

Área

Infecções bacterianas e micobacterianas

Autores

SAMUEL Gonçalves Machado da Rocha, Samuel Bitu de Almeida, Clarissa Maria Gonçalves Machado, Barbara Lima Parente, Laeissa Paloma Rodrigues Chaves, Priscilla Miranda Nunes, Sarah Dibeh Santos, Daniele Rocha Queiroz Lemos