V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

A ULTIMA DECADA DE SIFILIS NO CEARA – SERIE HISTORICA DE 2008 A 2017

Resumo estruturado

Introdução: A sífilis é causada por uma bactéria do tipo espiroqueta, o Treponema pallidum, a qual possui 2 formas principais de transmissão: sexual e vertical. Quando em sua apresentação congênita o recém-nascido pode cursar com cegueira, surdez e deficiência mental. A infecção não congênita da sífilis pode se apresentar na forma primária; lesão pápulo-eritematosa no local da inoculação do treponema, que ulcera e forma o ´´cancro duro´´; caso não tratada, pode evoluir para fase secundária, evidenciada por bacteremia, pápulas palmo-plantares, placas mucosas, poliadenopatia generalizada, alopécia em clareira, madarose e condilomas planos. A forma terciária apresenta-se como neurossífilis, sífilis cardiovascular e sífilis gummatosa. No Brasil, 90.975 casos foram registrados na última década, sendo 87%(78.724) desses de sífilis congênita. A sífilis, sobretudo a congênita, tem se configurado como um importante problema de saúde pública, com grande magnitude e impacto socioeconômico. Objetivo: Descrever a ocorrência da sífilis no estado do Ceará, nos últimos 10 anos, 2008 a 2017, comparando-o com o cenário regional. Metodologia : Foi feito uma análise dos dados referentes à prevalência da Sífilis no Estado do Ceará nos últimos 10 anos, por intermédio de um estudo epidemiológico, quantitativo e descritivo a partir dos dados disponíveis no sítio eletrônico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Os dados foram analisados no Microsoft Excel 2016, com a construção de frequências absolutas e relativas. Resultados/Discussão: No Ceará ocorreram 5580 casos ao longo da última década, fato que o posiciona em terceiro quando comparado a outros estados do Nordeste, perdendo apenas para Pernambuco e Bahia. Além que, nos anos de 2008 e 2017 ocorreram 299 casos e 929, respectivamente, representando um incremento de 211%. A maior prevalência foi no sexo feminino (52,3%), mesmo não sendo tão expressiva. Quando esses dados foram analisados por faixa etária notou-se que 96%(5363) dos casos foram em pacientes menores de 1 ano e destes, 5117 foram de sífilis congênita. Então, podemos inferir que a prevalência de Sífilis, principalmente em sua forma congênita, é ainda um problema para o Estado do Ceará, visto que o número de casos teve um perfil crescente na última década, fato que pode demonstrar certa fragilidade no que tange à prevenção dessa infecção, necessitando maiores investimentos para que possa diminuir o número de casos dessa enfermidade.

Palavras-chave (máximo 3)

SÍFILIS, CEARÁ, SÉRIE HISTÓRICA

Área

Infecções Sexualmente Transmissíveis

Autores

PAULO HENRIQUE CARVALHO VASCONCELOS, DAVI CANDEIRA CARDOSO, RONALD BEZERRA CAVALCANTE SOARES, YURI MEDEIROS GOMES, DANIELE ROCHA QUEIROZ LEMOS