V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

TERAPIA ANTIRRETROVIRAL COM TENOFOVIR EM PACIENTE HIV+ E DIFICULDADES NA CONSOLIDAÇAO DE FRATURA DE CORPO DE FEMUR: RELATO DE CASO.

Resumo estruturado

TERAPIA ANTIRRETROVIRAL COM TENOFOVIR EM PACIENTE HIV+ E DIFICULDADES NA CONSOLIDAÇÃO DE FRATURA DE CORPO DE FÊMUR: RELATO DE CASO. Introdução: HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana, o qual causa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, SIDA. Não há cura para a infecção por HIV, mas existem fármacos que atenuam a progressão da doença. Dentre os medicamentos utilizados na terapia antirretroviral (TARV), destacam-se Tenofovir (TDF) e Lamuvidina (3TC), Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos (ITRN), normalmente combinados. Há, também, Inibidores da Transcriptase não Análogos de Nucleosídeos (ITRNN), como o Efavirens (EFZ), e fármacos que interferem em outras etapas do ciclo de replicação viral. Efeitos adversos da TARV podem ser agudos, como disfunções hepáticas e hematológicas, ou crônicos, como perda mineral óssea e alterações metabólicas. É atingido bom nível de supressão da enfermidade quando a carga viral (CV) é inferior a 50 cópias/mL e a contagem de células T CD4+ superior a 200/µL por, ao menos, três meses. Objetivos: Evidenciar a correlação entre TARV com TDF em paciente HIV+ e dificuldade na consolidação de fratura óssea. Metodologia: Os dados foram extraídos de prontuário do paciente no Hospital São José (HSJ), em Fortaleza-CE. Resultado: Paciente do sexo masculino, 48 anos, natural e procedente de Fortaleza-CE, diagnosticado com SIDA há 5 anos, com sequela de fratura exposta de colo e diáfise femorais direitos, em maio de 2016. Deu entrada no HSJ em setembro de 2017, para seguimento de rotina, queixando-se de não consolidação da fratura de corpo de fêmur. O paciente prosseguia com TARV, utilizando o esquema EFZ+3TC+TDF. Diante da queixa persistente, realizou-se, no retorno, em janeiro de 2018, alteração da TARV, com substituição de TDF por Abacavir (ABC), em virtude da dificuldade de consolidação da fratura. Além disso, foi solicitado raio X, o qual evidenciou fratura, de fato, não consolidada. Ao retornar, 4 meses depois, paciente referiu melhora no trauma, sendo verificado avanço na consolidação da fratura após novo raio X, com a visualização de calo ósseo na diáfise femoral. É conveniente salientar que a CV do paciente se manteve inferior a 40 cópias durante o período acompanhado. Discussão: As anormalidades ósseas provocadas pela TARV podem impactar a saúde da população HIV+. Nessa perspectiva, destaca-se o TDF, que influencia na diminuição da densidade mineral óssea (DMO) em tais pacientes. Embora os mecanismos que explicam essa anormalidade óssea ainda não sejam totalmente esclarecidos, acredita-se que a complexa interação entre linfócitos T, osteoblastos e osteoclastos comprometa a maturação óssea. Nesse contexto, há perceptível melhora na DMO de pacientes que mudam o regime de TARV de TDF para ABC, fato que pode favorecer a consolidação de fraturas ósseas.

Palavras-chave (máximo 3)

HIV TENOFOVIR FRATURA

Área

HIV/ AIDS

Autores

AMANDA RIBEIRO RANGEL, GABRIEL CAVALVANTE LIMA CHAGAS, RAQUEL MOURISCA RABELO, JULIA CUNTO GOULART, ANTÔNIO AFONSO BEZEIRRA LIMA, ANTÔNIO AFONSO BEZEIRRA LIMA, ANTÔNIO AFONSO BEZEIRRA LIMA