V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DA SIFILIS CONGENITA NO CEARA DE JULHO DE 2015 A JULHO DE 2018

Resumo estruturado

Introdução: A sífilis congênita é uma doença infectocontagiosa responsável por desfechos desfavoráveis como prematuridade, baixo peso o nascer, lesões neurológicas e outras sequelas, podendo desencadear óbito fetal ou perinatal. De acordo com a OMS, a probabilidade de transmissão vertical está entre 45% e 75%. No Brasil, nos últimos 10 anos, a taxa de incidência aumentou progressivamente e a taxa de mortalidade infantil chegou à 5,5 por 1000 nascidos vivos em 2013. Vale ressaltar que, nas regiões Norte e Nordeste, as taxas são mais elevadas.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da sífilis congênita no Ceará, com ênfase na quantidade de internações e de óbitos pela doença no SUS deste estado.
Métodos: Trata-se de estudo transversal descritivo com dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) no DATASUS durante o período de julho de 2015 a julho de 2018. Os dados foram divididos em internações por ano, internações por sexo, internações por município, número de óbitos, óbitos por sexo e óbitos por cor/raça.
Resultados: No período de julho de 2015 a julho de 2018 houveram 2632 casos de internação por sífilis congênita no Ceará, com 389 casos em 2015, 768 casos em 2016, 893 casos em 2017 e 582 casos em 2018. Os municípios mais afetados foram Fortaleza (n=1476), Sobral (n=269) e Maracanaú (n=250). Estratificando por sexo, ocorreram 1246 casos de internação de homens e 1386 casos de internação de mulheres. 131 casos ocorreram em brancos, 974 em pardos, 2 em amarelos, 1 em indígena e 1524 não se autodeclararam. Com relação a sífilis precoce, ocorreram 26 casos no Ceará. Estratificando por sexo os casos de sífilis precoce, ocorreram 13 casos no sexo masculino e 13 casos no sexo feminino. No período analisado, ocorreram 4 óbitos por sífilis no Ceará, sendo 3 por sífilis congênita e 1 por sífilis precoce. Dessas, 3 ocorreram em pacientes do sexo masculino e 1 em paciente do sexo feminino. Ainda com relação aos óbitos, 2 ocorreram em pardos e 2 não eram autodeclarados.
Conclusão: Foi visto que a Sífilis congênita persiste, ao passar dos anos, no Ceará. Logo, evidencia-se a necessidade de uma melhor assistência a gestantes para que haja o diagnóstico precoce dessa patologia e para que seja tratada, diminuindo, assim, o número de casos da Sífilis congênita.

Palavras-chave (máximo 3)

sífilis, congênita, epidemiologia

Área

Infecções bacterianas e micobacterianas

Autores

Lilia Torquilho Almeida, Gabriela Silva Teles, Daniel Levy Furtado Soares, Julia Couto Roriz Loiola, Larissa Oliveira Ribeiro, Stephanie Háila Bezerra Castro Sá Pinheiro, Leonardo Tavares de Lima, Larissa Cavalcante de Sena