V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA COQUELUCHE NO BRASIL NO ANO DE 2017

Resumo estruturado

A coqueluche, uma infecção do trato respiratório altamente contagiosa que permanece sendo um agravo na saúde pública. Mesmo com uma alta cobertura vacinal, diversos países desenvolvidos têm apresentado uma ressurgência da coqueluche. A incidência de coqueluche no Brasil, tem ocorrido não apenas em crianças lactantes, mas também em adolescentes e adultos. A reemergência da coqueluche no Brasil é uma possibilidade que merece atenção dos serviços de vigilância e controle de doenças, já que em países desenvolvidos o aumento dos casos se deu cerca de trinta anos após o início da imunização em massa. Objetivou-se verificar a incidência de coqueluche no Brasil no ano de 2017. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo. Os dados foram extraídos do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis coletadas foram: região, faixa etária, critérios de confirmação diagnóstica, evolução do caso, sexo e raça. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, com a apresentação da distribuição de frequência simples e percentuais. Dos casos confirmados no ano de 2017, segundo a região UF, observou-se que de um total de 1620 casos, 38.64% (626) foram na região sudeste, 30.92% (501) na região sul, 21.54% (349) na região nordeste, 4,80% (78) na região norte e 4% (66) na região centro oeste. De acordo com a faixa etária, 57.80% (937) tinham menos que um ano de idade, 15.61% (253) de 1 a 4 anos, 10.12% (164), de 10 a 14 anos 5.9% (97), de 15 a 19 1.5% (25), de 20 a 39 5.49% (89), de 40 a 59 2.8% (46), acima de 60 anos 0.54% (9). Segundo a confirmação, 33,14% (537) foram confirmados por exames laboratoriais, 13.51% (219) por clínica-epidemiológico, 52.34% (884) estavam sob investigação, 0.98% (16) em branco. Em relação ao sexo, a coqueluche apresentou uma distribuição democrática com a maioria (55%) de casos masculinos. Referente a evolução dos casos 89.2% (1446) foram de cura, 1% (17) foram a óbito pelo agravo, 0.37% (6) foram a óbito por outros agravos e 9.3% (151) em branco. Segundo o sexo 55% (887) foram do sexo feminino e 45% (733) do sexo masculino. De acordo com a raça, 14,44% (234) lgn/brancos, 53% (860) brancos, 2.8% (45) pretos, 0.06% (6) amarelos, 28.9% (468) pardos, 0.43% (7) indígenas. Como observado, a coqueluche pode ocorrer em qualquer faixa etária, mais da metade dos casos se concentraram em menores de um ano, isso mostra que os indivíduos mais susceptíveis são aqueles não vacinados ou com o esquema vacinal incompleto. Adolescentes e adultos não apresentam os sintomas clássicos em decorrência de imunidade residual, o que dificulta o diagnóstico e a notificação. É importante ressaltar que a vacinação ainda é o principal mecanismo de combate ao ressurgimento da doença, e que estratégias como manutenção das coberturas vacinais e treinamento de profissionais da saúde para produção de diagnósticos mais rápidos e precisos, em conjunto com testes laboratoriais mais modernos, são essenciais.

Palavras-chave (máximo 3)

Epidemiologia. Coqueluche. Vacina contra Coqueluche.

Área

Infecções bacterianas e micobacterianas

Autores

FRANCISCO DE ASSIS GOMES MACIEL JUNIOR GOMES MACIEL JUNIOR, ARTHUR GUILHERME TAVARES DE CASTRO TAVARES CASTRO, JÉSSICA KAREN DE OLIVEIRA MAIA OLIVEIRA MAIA, ANTÔNIO JOSÉ LIMA DE ARAÚJO JÚNIOR LIMA DE ARAÚJO JÚNIOR, MONALISA RODRIGUES DA CRUZ RODRIGUES CRUZ, PRISCILA NUNES COSTA TRAVASSOS COSTA TRAVASSOS, DAYSE APARECIDA DE OLIVEIRA BRAGA OLIVEIRA BRAGA, CLEONEIDE PAULO DE OLIVEIRA PINHEIRO OLIVEIRA PINHEIRO