V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

EXTENSAO UNIVERSITARIA EM SAUDE COM ACONSELHAMENTO POS-TESTE DE IMUNOENSAIOS REAGENTES PARA HIV E SIFILIS POR ACADEMICOS DE MEDICINA DA LIGA DE ESTUDOS EM DOENÇAS INFECCIOSAS (LEDI) EM FORTALEZA-CE

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: De acordo com Ministério da Saúde (MS),de 2007 até junho de 2017 foram notificados 194.217 casos de infecção pelo HIV; e de 2010 até junho de 2017 foram notificados 342.531casos de sífilis adquirida. Nesse contexto, os testes rápidos para diagnóstico mostram-se ferramentas simples, realizadas de forma presencial e com resultado ágil. A busca ativa através deste método por meio da extensão universitária traz a oportunidade do diagnóstico e a possiblidade do tratamento e acompanhamento precoces.
OBJETIVOS: Apresentar os resultados encontrados no aconselhamento pós-teste e rastreamento de indivíduos reagentes para testes de HIV e/ou sífilis em campanha de saúde em Fortaleza-CE.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo que analisou, por meio da realização do aconselhamento pós-teste, 12 pacientes com testes rápidos positivos para HIV/Aids e/ou Sífilis que participaram da campanha de saúde Bem Estar Global no ano de 2018. Foram utilizados para a realização dos testes rápidos os imunoensaios de Sífilis da Wama e de HIV da Bioclin, com confirmação com kit do Bio-manguinhos. O aconselhamento foi realizado pelos acadêmicos do curso de medicina membros da LEDI do 1º ao 8º semestre da FAMED-UFC. Os alunos foram treinados previamente quanto à metodologia da testagem e técnicas de aconselhamento no Posto Anastácio Magalhães sob supervisão de orientador especialista em infectologia.
RESULTADOS: Foram testados 191 indivíduos, dos quais 1 (0,52%) foi reagentes para HIV, 10 (5,20%) foram reagentes para sífilis e 1 (0,52%) reagente para HIV e sífilis. O teste rápido de sífilis é um teste treponêmico, isto é, indivíduos já tratados continuam reagentes, porém dos 11 indivíduos reagentes, apenas 1 (9,09%) tinha conhecimento da infecção pregressa. Dos 10 indivíduos com sífilis não tratada, 4 (40,0%) tinham realizado teste anterior não reagente no últimos 3 anos. Dos 11 indivíduos reagentes para sífilis, 6 (54,5%) deles relatam exposição sexual sem preservativo e os outros 5 (45,4%) desconhece a exposição. Dos 2 indivíduos reagentes para HIV, apenas 1 tinha realizado teste anterior não reagente no último ano e ambos desconheciam a infecção. Os dois indivíduos eram assintomáticos e relatavam exposição sexual sem preservativo.
CONCLUSÃO:A campanha de saúde oportunizou o diagnóstico de 11 pessoas que desconheciam a infecção pelo HIV e/ou Treponema pallidum. O motivo pelo qual as pessoas realizavam o teste era predominante a oportunidade que o evento oferecia, demonstrando assim a importância das ações em saúde para o diagnóstico das infecções sexualmente transmissíveis (IST) em nosso meio e o tratamento antes das complicações. Foram dificuldades encontradas o pequeno número de acadêmicos para atender a demanda populacional e o armazenamento para as amostras de testagem.

Palavras-chave (máximo 3)

extensão comunitária, aconselhamento, doenças sexualmente transmissíveis

Área

Infecções Sexualmente Transmissíveis

Autores

Tino Miro Aurélio Marques, Luís Arthur Brasil Gadelha Farias, Lílian Macambira Pinto, Gerardo Albino Nogueira Filho, Andeson Abner Souza Leite, Vinícius Calvário Alvares Pinheiro, Janete Romão Santos