Dados do Trabalho

Título

CARACTERIZAÇAO DO PERFIL DE RESISTENCIA MICROBIANA EM UM HOSPITAL PRIVADO DE FORTALEZA - CEARA

Resumo estruturado

A resistência antimicrobiana é considerada um problema de saúde global, que compromete a efetividade dos antibióticos, inviabilizando o tratamento de infecções comuns. O presente trabalho foi realizado com o intuito de caracterizar o perfil de resistência microbiana em um hospital privado de Fortaleza, identificando os principais microrganismos causadores e as suas incidências. Trata-se de estudo quantitativo, observacional, transversal e descritivo, cujos dados foram coletados no período de Janeiro a Dezembro de 2017, em um hospital privado conveniado a uma operadora de plano de saúde em Fortaleza, Ceará. A população do estudo foi constituída por pacientes adultos, que estiveram internados no posto e que na prescrição estivesse prescrito algum antimicrobiano, durante o ano de 2017. Os dados foram catalogados e examinados no Microsoft Excel® 2016. Foram analisadas 1.993 culturas, sendo 1291 negativas (64,77%) e 702 positivas (35,22%). Destas 136 foram provenientes de hemoculturas, 283 de uroculturas e 283 de culturas em geral. Quanto ao crescimento microbiano ocorreu o predomínio de infecções bacterianas (88,46%) quando comparado com as fúngicas (11,53%), sendo as bactérias mais comumente isoladas em ordem decrescente: Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Eschericha coli, seguindo os dados encontrados na literatura, como em (FARIAS, 2010). Em relação aos isolados fúngicos, a Candida albicans foi a espécie mais encontrada. Das culturas positivas 347 apresentaram algum tipo de resistência microbiana. Entre as enterobactérias(Citrobacter spp., Enterobacter spp., Escherichiacoli, Klebsiella spp., Proteus spp. e Morganella morganii) pode ocorrer um tipo de resistência conhecida pela sigla ESBL (beta lactamase de espectro ampliado). Neste trabalho foram encontradas 207 bactérias com esse perfil de resistência, sendo elas: Enterobacter spp. (3 casos, correspondendo a 1,45%.), Escherichia coli (39 casos - 18,84%), Klebsiella spp. (53 casos - 25,60%), Proteus spp. (6 caso - 2,5%) e Morganella morganii (4 casos – 1,93%). Outro tipo de resistência de importante impacto na saúde identificado foi a MRSA (Staphy¬lococcus aureus resistente a meticilina). Dos 30 achados de Staphylococcus aureus, oito foram classificados como MRSA, o que corresponde a 26,67% das cepas. Quando comparado aos estudos de RIBEIRO (2014) onde o crescimento de MRSA em hospitais universitários de Fortaleza foi de 5,1% nota-se um aumento desse perfil de resistência. Conclui-se que a positividade das culturas para bactérias é superior aos isolados fúngicos, e que estas vem apresentando um crescimento quanto ao perfil de resistência.

Palavras-chave (máximo 3)

resistência microbiana; infecção hospitalar; antimicrobianos