V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MALÁRIA NO NORDESTE DO BRASIL - 2007 A 2017

Resumo estruturado

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium spp. transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Em 2016, 91 países relataram um total de 216 milhões de casos de malária, um aumento de 5 milhões de casos em relação ao ano anterior. O número total de óbitos por malária atingiu 445.000 no mundo. Entre 2014 e 2016 ocorreram aumentos substanciais na incidência de casos de malária na região das Américas. No Brasil, a maioria dos casos se concentra na região amazônica, porém, nas demais regiões do Brasil a doença não pode ser negligenciada. O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil epidemiológico de malária na região Nordeste do Brasil, entre os anos 2007 e 2017. Trata-se de um estudo transversal embasado nas informações fornecidas pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A tabulação dos dados e a análise estatística foi feita usando o programa Microsoft Excel. De 2007 a 2017 foram confirmados 1.801 casos, destes 81,2% foram diagnosticados em indivíduos do sexo masculino. As faixas etárias mais acometidas foram as de 20 a 39 anos (55%) e 40 a 59 anos (29%) e predominou a raça parda (71,3%). O estado Piauí notificou 35,9% dos casos, seguido por Ceará (17,8%), Bahia (15,2%), Pernambuco (13,9%) e Rio Grande do Norte (7%). 61,9% dos casos eram de infecção pelo Plasmodium vivax, seguido de 29,2% por Plasmodium falciparum, como resultado do exame parasitológico. Os anos de 2010 (17,3%), 2011 (12,7%) e 2007 (11,2%) foram os anos com maiores quantidades de casos confirmados notificados. Notificou-se um total de 63 óbitos com uma letalidade de 5%. É importante destacar a principal limitação inerente a este tipo de estudo epidemiológico. Por tratar-se de dados obtidos de fonte secundária, os resultados são passíveis de vieses, em virtude de subnotificação de casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Isso corrobora a necessidade de trabalhos científicos que possam apontar onde ocorrem as falhas nos sistemas de informação, facilitando e efetivando o mecanismo de notificação pelo país. É necessário também a conscientização dos profissionais da saúde, grandes responsáveis pela notificação de doenças infecciosas.

Palavras-chave (máximo 3)

Malária. Epidemiologia. Notificação de Doença Infecciosa.

Área

Doenças tropicais

Autores

DAYSE APARECIDA DE OLIVEIRA BRAGA, PRISCILA NUNES COSTA TRAVASSOS, MARIA MAYALLE DE ALMEIDA MELO, FERNANDO DOUGLAS LOPES ROMÃO BENEVIDES DE ALENCAR, REGILANE MATOS DA SILVA PRADO, MARIANA COSTA DE MENEZES, DOROTHEIA TEIXEIRA ALVES, CARLOS HENRIQUE MORAIS DE ALENCAR