Dados do Trabalho
Título
PREVALENCIA DA SIFILIS CONGENITA DIANTE DO SUBDIAGNOSTICO DA SIFILIS EM GESTANTES NO CEARA NA ULTIMA DECADA: UM ESTUDO TRANSVERSAL.
Resumo estruturado
Introdução: A sífilis é uma doença infectocontagiosa que pode ser transmitida de modo sexual ou vertical. Assim, de acordo com o Protocolo de Atenção Básica: Saúde da Mulher, do Ministério da Saúde, o exame rápido para tal patologia deve ser realizado na primeira consulta do pré-natal, tendo em vista os efeitos deletérios causados pela sífilis congênita. Na ausência de tratamento, a transmissão vertical dessa doença é elevada e ocorre com a disseminação hematogênica do Treponema Pallidum, o qual infecta o concepto por via transplacentária causando a sífilis congênita. Objetivo: Analisar as consequências do subdiagnóstico da síflis materna no estado do Ceará de jan/2007 a dez/2017. Metodologia: Estudo transversal, observacional, descritivo, qualitativo, populacional, baseado nos dados do SINAN e SIH disponíveis na plataforma do DATASUS. Resultado/Discussão: Ao longo desse período, 10.217 casos de sífilis congênita foram notificados frente a um total de 7.206 casos de sífilis em gestantes. Pode-se destacar o ano de 2009, no qual foram diagnosticados 174 casos de sífilis em gestantes em contraposição a 658 casos de sífilis congênita. Além disso, 3.189 ocorrências de sífilis em grávidas foram notificadas em comparação a 3.886 casos de sífilis congênitas nos últimos 3 anos. Desses números, em 2015, registrou-se 938 casos em gestantes e 1.276 em recém-nascidos; em 2016, com 1.030 casos em gestantes e 1.289 em crianças; e em 2017, 1.221 casos em gestantes e 1.321 congênitos. Ademais, um total de 2.282 internamentos e R$1.216.090,57 gastos, de 2015 a 2017, tendo a sífilis congênita como morbidade hospitalar. A partir disso, observa-se que o número de casos notificados de sífilis congênita, além de aumentar, nos últimos 10 anos no Ceará, superou o número de casos de sífilis em gestantes no mesmo período. É perceptível a subnotificação de sífilis durante a gravidez, o que indica uma provável ausência de pré-natal e a necessidade de uma preparação melhor dos profissionais de saúde, sobretudo de médicos, para identificar e tratar precocemente a sífilis materna, a fim de prevenir a transmissão vertical e diminuir os custos do governo.
Palavras-chave (máximo 3)
Sífilis, diagnóstico, prevalência
Área
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Autores
Aline Lourenço Cordeiro, Ana Beatriz Carvalho, Herolysa Gomes Ponte, Luccas Ribeiro Mesquita