V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

CONHECIMENTO SOBRE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DE UM CENTRO UNIVERSITARIO DO NORDESTE

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: A leishmaniose tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa que acomete, em geral, populações residentes em áreas desprovidas de saneamento básico. Essa doença pode ser transmitida pela picada de mosquitos do gênero Lutzomyia, desde que esses estejam infectados por protozoários causadores da doença. Esses protozoários, pertencentes ao gênero Leishmania, são os agentes etiológicos da leishmaniose tegumentar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 350 milhões de pessoas estejam expostas ao risco de contágio da doença.No Brasil, o número de casos tem diminuído de 24.753,em 1990, para 12.690, em 2016, segundo dados do Ministério da Saúde, podendo, ser relacionada a diminuição da incidência de casos ,principalmente ,pela urbanização na região setentrional do país.Na espécie humana, o acometimento da Leishmaniose Tegumentar é caracterizado pelo aparecimento de lesões e úlceras na pele e mucosas das vias aéreas superiores.OBJETIVOS: Avaliar os conhecimentos dos estudantes do primeiro semestre do curso de Medicina de um Centro Universitário no nordeste do Brasil sobre a Leishmaniose Tegumentar.
METODOLOGIA:Foi realizado um estudo transversal, descritivo, observacional por meio da aplicação de um questionário semiestruturado contendo 14 questões que envolviam aspectos ligados à doença, medidas de prevenção e controle. A pesquisa fez parte da disciplina de Medicina Baseada em Evidências (MBE), desenvolvida durante os primeiros meses da formação médica e os dados foram analisados utilizando o software Epi Info versão 3.5.4.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram coletados 71 questionários. A idade média dos alunos é de 21,04 anos (dp:4,77) e a moda de 19 anos. Evidenciou-se que apenas 8,5% dos estudantes acredita que existe vacina contra a leishmaniose, estando esses corretos, no entanto as vacinas elaboradas ainda não têm muita eficácia. 40,8% dos alunos assinalaram não existir vacina para a doença, desses, 86,2% afirmaram que a doença era transmitida por um protozoário. 86,3% dos acadêmicos, que disseram saber diferenciar a doença leishmaniose tegumentar da leishmaniose visceral, assinalaram corretamente sobre o principal sintoma da doença, evidenciando que grande parte dos indivíduos realmente conhecia as características da leishmaniose tegumentar, sendo a principal dessas o aparecimento de feridas no corpo. 38,2% dos entrevistados marcaram a região norte como a área endêmica dessa doença, enquanto 51,5% assinalaram o Nordeste como tal, entretanto essa é a segunda região com maior número de casos, superada apenas pela região Norte. Dos acadêmicos da turma, 19 acreditam que a doença é contagiosa, estando esse pensamento equivocado, uma vez que a leishmaniose tegumentar necessita de um vetor para a sua transmissão. Dos entrevistados, 47,9% sabem que o tratamento para a leishmaniose é ofertado pelo SUS, desses 94,1% sabem qual o método de profilaxia adequado, sendo esse a adoção de políticas de saneamento ambiental.

Palavras-chave (máximo 3)

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR;CONHECIMENTO;EPIDEMIOLOGIA

Área

Doenças tropicais

Autores

FRANCISCO ANDRÉ GOMES BASTOS FILHO, BRAYON FREIRE VIDAL BLANQUETT, GABRYEL MAIA CASTRO, BEATRIZ ROCHA CASTELO BRANCO, ELIAS SILVEIRA DE BRITO, EMMANOEL MARTINS FIGUEIREDO, LUCIANO PAMPLONA GOIS CAVALCANTI, PAULA BURLAMAQUI CASTELLO BRANCO