Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DE RECEITUÁRIOS MÉDICOS DO ANTIVIRAL OSELTAMIVIR EM HOSPITAL DE DOENÇAS INFECCIOSAS NO CEARA
Resumo estruturado
INTRODUÇÃO: O oseltamivir é um antiviral que atua com inibidor de neuraminidases. É o único medicamento aprovado no Brasil para o tratamento do vírus influenza. A infecção por este patógeno apresenta maior incidência nos períodos do outono e inverno. Ele é capaz de causar rapidamente epidemias e maiores complicações em grupos de risco. O agravamento de sintomas e o desenvolvimento da Síndrome Gripal Aguda Grave (SRAG) é uma possível complicação da infecção viral, sendo necessária a intervenção e tratamento adequados. No Ceará foram descritos 959 casos de SRAG, dos quais 445 (46,6%) foram decorrentes do vírus influenza. OBJETIVO: Analisar a frequência de prescrições de oseltamivir e os parâmetros de prescrição conforme o Protocolo de tratamento do Ministério da Saúde do ano 2017. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo realizado no Hospital São José de Doenças Infecciosas. Os dados analisados foram os receituários médicos coletados entre o período de janeiro de 2017 a março de 2018. Foram coletados 107 receituários médicos. Foram excluídos seis receituários que apresentavam rasuras significativas, a qual impossibilita a leitura. Na avaliação dos parâmetros de prescrição foram observados a nomenclatura utilizada do medicamento, a posologia, a dosagem e o tempo de tratamento em relação aos preconizados no Protocolo do Ministério da Saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No estudo observou-se a prevalência do sexo feminino (57,58%), justificável pela maior procura dessa população aos serviços de saúde e predominância do sexo feminino no estado comparado ao masculino. A rede pública de saúde (83,84%) foi mais procurada, com prescrições de receituário simples (80%). Na avaliação dos parâmetros de prescrição ocorreu uma prevalência de tratamentos de Tamiflu (65,98%) em cinco dias (86,73%) na posologia de 12/12 horas (97,96%) e na dosagem 75 miligramas (98,90%). Conforme contido no protocolo o tratamento varia em relação a idade e o peso do paciente/usuário do sistema de saúde, porém a maior parte das prescrições obedeceram a posologia e o tempo de tratamento que é o mesmo para todas as faixas etárias e peso, exceto para neonatos. Em relação ao tipo de receituário utilizado o protocolo não orienta a prescrição em receituário de controle especial, podendo usar somente o simples. Em contrapartida a utilização da nomenclatura Tamiflu não deve ser preferida no sistema único de saúde (SUS), sendo necessário o maior monitoramento do cumprimento das orientações do Decreto Federal 7.508/2011 e a Lei Orgânica da saúde (Lei nº 8.080/90), além das leis complementares específicas de cada estado. CONCLUSÃO: Os dados estatísticos podem ser uma ferramenta para controle e fiscalização da correta dispensação do oseltamivir e a possibilidade de gerar indicadores de saúde, a fim de gerar as intervenções, quando necessárias, no intuído de proporcionar o tratamento adequado, cujos desfechos clínicos são a diminuição de agravamentos, de internações e óbitos.
Palavras-chave (máximo 3)
Influenza A, Oseltamivir, Receita Médica
Área
Miscelânea
Autores
Matheus Lima Rodrigues, Daniel Sampaio Rodrigues, Luciana Silva Maciel , Amanda Cavalcante Leitão , Antonia Rosileide Pinheiro, Arthur Guilherme Tavares Castro, Denise Girão Limaverde Lima, Italo Jose Cavalcante Mesquita