V Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

SWITCH DE RALTEGRAVIR PARA DOLUTEGRAVIR EM PACIENTES COM FALHA TERAPEUTICA PREVIA – QUAL A DIFERENÇA DE EFICACIA DOS INIBIDORES DE PROTEASE NA ASSOCIAÇAO PARA A SUPRESSAO VIROLOGICA

Resumo estruturado

INTRODUÇÃO: No início de 2017, o Ministério da Saúde (MS) indicou a troca de terapia antirretroviral de pacientes em uso do inibidor de integrasse –Raltegravir (RAL) – para o de maior potência e barreira genética – Dolutegravir (DTG). Entretanto, considerando efeitos adversos inesperados e adesão, o efeito de supressão virológica precisa ser mantido para proteger o paciente da resistência a longo prazo e manter o efeito atual – são as recomendações para o switch seguro. OBJETIVO: Avaliar o impacto na supressão virológica de pacientes em esquemas variados contendo RAL e que realizaram switch para DTG em 2017 em Fortaleza/CE. METODOLOGIA: Revisão de prontuários de pacientes cadastrados na farmácia com switch no período de fevereiro a julho de 2017. RESULTADOS: 207 pacientes foram selecionados no Hospital São José de Doenças Infecciosas. 73,4% masculinos e 23,1% em esquemas com falha virológica prévia. Média de CD4 antes switch 367.5 cells/mm3e após 413.3 cells/mm3. Esquemas associados a DTG foram: ZDV/3TC (N=3), DRVr (600/100) (N=3), Etravirina (ETV)/ DRVr (N=7), 3TC/DRVr (N=13), 3TC/ATVr (N=2), Maraviroc (MRV)/TDF/3TC (N=2), MRV/DRVr (N=4), TDF/3TC/DRVr (N=56), TDF/3TC/DRVr/ETV (N=7), TDF/3TC/ATVr (N=26), ZDV/3TC/ATVr (N=6) e ZDV/3TC/DRVr (N=9). Dos pacientes com CV detectável antes do switch (N=48), 18 permaneceram detectáveis e, destes, 11 apresentaram viremia baixa (<1000 cópias) com média de 108,27 cópias, enquanto 7 demonstraram viremia alta, com média de 75.725,28 cópias. Após o switch, 14 pacientes, com CV prévias indetectáveis, tornaram-se dectectáveis, sendo que 10 apresentaram viremia baixa, com média de 99,9 cópias, e 4 apresentaram viremia alta, com média de 54.543 cópias. Analisando-se pacientes com falha terapêutica prévia, houve diferença estatística para falha virológica entre esquemas com DRV-r (16 pacientes e 4 falhas) e ATV-r (12 pacientes e 8 falhas) como inibidores de protease associados com o uso de 2 ITRN (p= 0,05). CONCLUSÃO: Consideramos o switch de RAL para DTG seguro e eficaz, conseguindo aumentar a supressão virológica no grupo estudado, possivelmente por melhorar adesão. Houve diferença entre os Inibidores de Protease selecionados em associação com pior resposta de supressão virológica do Atazanavir comparado ao Darunavir. Viremias baixas apresentaram maior possibilidade de alcançar supressão virológica completa após o Switch.

Palavras-chave (máximo 3)

DOLUTEGRAVIR , SWITH, RALTEGRAVIR

Área

HIV/ AIDS

Autores

Larissa Cristina Paula Amorim, Letícia Sucupira Cristino, Yandra Mirelle Nogueira Alves, José Edvar Di Castro Júnior, Melissa Soares Medeiros, Priscyla Ferreira Araripe, Karina De Vasconcelos Noroes, Denise Girão Limaverde Lima