IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Comparação da potência de membros superiores e inferiores em recrutas no primeiro ano do exército

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O serviço militar é obrigatório dos 19 aos 20 anos em jovens do sexo masculino no Brasil. Neste período, que dura pelo menos um ano, os recrutas recebem um treinamento físico militar em grupo e a maioria dos exercícios não envolve o uso de equipamentos ou implementos. Dessa forma, é provável que haja um desequilíbrio entre as atividades realizadas entre os membros, tendo em vista a maior facilidade em realizar esse tipo de exercícios com os membros inferiores. Objetivo: Este estudo visa comparar a potência de membros superiores e inferiores de recrutas militares ao longo do primeiro ano de serviço militar obrigatório. Foram avaliados 41 recrutas militares (18,24 ± 0,43 anos, 71,7 ± 12,12 kg, 1,72 ± 0,07 m) que ingressaram no serviço militar obrigatório no 6° Esquadrão de Cavalaria Mecanizada. Os recrutas realizaram as avaliações em três momentos: antes do início do período de instrução (AV1), após o período básico de treinamento físico militar (AV2, após 16 semanas) e após o período de qualificação (AV3, após 35 semanas). Nessas avaliações foi realizada a avaliação da potência de membros superiores pelo Closed Kinetic Chain Upper Extremity Stability Test (CKCUEST) e de membros inferiores pelo Single Hop Test (HOP) e pelo Side hop Test (SHOP) dos membros dominante e não-dominante. Para a comparação nas três avaliações foi utilizada a ANOVA de medidas repetidas, nas diferenças significativas foi aplicado o pos hoc de Bonferroni. Resultados: Em relação a variável CKCUEST, houve diferença significativa nos três momentos em que os sujeitos foram avaliados (p < 0,001), evidenciando-se um aumento no escore de potência da AV2 em relação a AV1, da AV1 em relação a AV3 e também da AV2 em relação a AV3. O SHOP apresentou diferença significativa no tempo de execução do teste (p < 0,001). Tanto o SHOP no membro dominante quanto não dominante apresentaram maiores valores na AV1 quando comparado as demais. Porém, quando comparados os valores da AV2 e da AV3, não houve diferença significativa. Para o HOP houve diferença significativa entre as três avaliações tanto para o membro dominante quanto para o membro não dominante. Houve um aumento dos valores do HOP para ambos os membros na AV2 em relação a AV1. Já em relação a AV2 e AV3, houve uma diminuição do desempenho no HOP em ambos os membros. Conclusão: Os resultados sugerem que o treinamento físico militar é eficiente para melhora da potência tanto de membros superiores como dos inferiores ao longo do primeiro ano de serviço militar obrigatório.

Palavras-chave (máximo 3)

Militares; Treinamento Físico; Desempenho Funcional.

Área

Biomecânica

Autores

PEDRO BERNARDI PETRUCCI, Willam Luiz Rosa, RAFAELA OLIVEIRA MACHADO, JULIANA CORREA SOARES, MICHELE FORGIARINI SACCOL