IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Comparação da dorsiflexão de tornozelo e estabilidade de membros inferiores nas diferentes posições em atletas de futsal masculino

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

INTRODUÇÃO: O futsal é um esporte coletivo oriundo do futebol, porém com particularidades como disputa em quadra e cinco jogadores por equipe. Caracterizado pelo dinamismo das partidas, o futsal apresenta grande intensidade nas marcações, passes acelerados e um elevado número de movimentações. Essas características demandam esforços especialmente dos membros inferiores, que estão constantemente expostos a altas cargas e lesões. OBJETIVO: Comparar a mobilidade de dorsiflexão de tornozelo e estabilidade de membros inferiores nas diferentes posições do futsal masculino. MATERIAIS E MÉTODOS: Noventa atletas masculinos de futsal (22 ± 5,1 anos, 75,5 ± 11,8 kg e 176,3 ± 6 cm), subdivididos nas posições: goleiros (n=23, 22,9 ± 6,2 anos, 82,45 ± 13,26 kg e 177,8 ± 5,6 cm), fixos (n=24, 21,2 ± 3,9 anos, 74,7 ± 9,4 kg e 176,9 ± 5 cm), alas (n=25, 22 ± 5,3 anos, 68,6 ± 8,6 kg e 174 ± 5,6 cm) e pivôs (n=18, 21,7 ± 4,7 anos, 77,5 ± 12 kg e 176,9 ± 7,6 cm) realizaram os testes Lunge, Star Excursion Balance Test (SEBT) e Single Hop (HOP). Para o teste Lunge o atleta foi orientado a posicionar o pé em uma fita métrica a uma distância inicial de 10 cm e tocar a parede com o joelho, mantendo o calcanhar em total contato com o solo. A distância foi reduzida caso o atleta não conseguisse manter o pé no apoio total. Para análise foi considerada a maior distância obtida após 3 tentativas. No SEBT, o atleta permanecia em apoio unipodal e deveria alcançar a maior distância possível nas direções anterior, posteromedial e posterolateral com o membro inferior que estava livre. Durante a execução não foi permitido retirar o calcâneo do contato com o solo ou as mãos do quadril em qualquer uma das direções avaliadas. Foram realizadas 2 tentativas de familiarização para cada direção e 3 testes válidos, sendo a média das tentativas normalizada pelo comprimento do membro. O HOP foi realizado em apoio unipodal e o atleta orientado a saltar a maior distância possível, aterrissando sem apoiar com o membro inferior contralateral ou qualquer membro superior. A média de 3 saltos foi considerado para análise. A comparação entre grupos foi realizada com ANOVA e post-hoc de Bonferroni, com nível de significância de 0.05 (IC de 95%). RESULTADOS: Os grupos foram diferentes em relação a massa corporal (p<0,001), sendo que a diferença ocorreu entre goleiros e os alas. Essa diferença pode ser explicada pela característica e demandas necessárias para a função, sendo os alas a posição mais móvel do esporte e os goleiros tendo como função prioritária defender a meta. Não houve diferença entre os grupos em relação a mobilidade de dorsiflexão de tornozelo ou estabilidade de membros inferiores (SEBT ou HOP) (p≥0,05). CONCLUSÃO: Atletas de futsal não apresentam diferenças na mobilidade de tornozelo ou estabilidade de membros inferiores quando comparados entre as posições de jogo.

Palavras-chave (máximo 3)

Extremidade Inferior, Avaliação, Atletas.

Área

Biomecânica

Autores

Bruno Tagliapietra Canabarro, Gabriel Santini, Mateus Marques Langerdorf, Michele Forgiarini Saccol