IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Confiabilidade do teste de resistência muscular localizado em duas ferramentas: Banda elástica e Dinamômetro isocinético

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: A aplicação de testes confiáveis é importante para prática clínica, assim como os testes de resistência muscular localizada (TRML), que vêm ganhando destaque e, pode ser definido como comportamento de um músculo ou um grupo muscular em exercer ação repetida contra uma resistência submáxima. Dentre as ferramentas utilizadas citam-se as bandas elásticas (BE) e, o dinamômetro isocinético (DI), considerado padrão ouro de avaliação. Entretanto, observa-se que muitos testes não respeitam a individualidade biológica dos indivíduos avaliados ao fixarem tempo e/ou repetição para interromper o teste, além da falta de padronização nas avaliações como a utilização de diferentes porcentagens para causar a exaustão, e a escassez na exploração de ferramentas e de alguns grupos musculares. Objetivo: Analisar a reprodutibilidade de um TRML para os músculos rotadores externos (RE) de ombro em três diferentes porcentagens de força máxima (FM) (70%, 80%, 90%) nas ferramentas DI e BE. Métodos: O estudo foi composto por 50 participantes de ambos os gêneros, e realizado em 2 etapas. Para Etapa 1 os participantes foram submetidos ao teste de FM (1 RM) em ambas ferramentas de avaliação, com intervalo de 10 a 12 minutos entre os testes, conforme a Escala Likert de percepção de recuperação. O teste de FM no DI, foi realizado por meio da contração isométrica voluntária máxima (CIVM). Já o teste na BE foi utilizado da marca Theraband® CLX iniciando da menor até a resistência (cores) que o participante não conseguisse mover o ombro para RE. Na Etapa 2, composta por 6 sessões, foi realizado teste e reteste do TRML com diferentes cargas (70%, 80% e 90% da FM) com os mesmos dispositivos da etapa 1 e uma semana de intervalo entre elas. O teste constituiu na realização do máximo de repetições possíveis. Foi utilizado o pacote estatístico SPSS Statistics 22.0 para conduzir as análises. Resultados: Os valores de confiabilidade obtidos para o TRML para a variável tempo na BE, foram: ICC=0,75 [0,59-0,85] (70%); 0,85 [0,75-0,91] (80%); 0,76 [0,28-0,9] (90%), variando de moderada a excelente confiabilidade. Para a variável repetição os valores de ICC foram 0,77 [0,65-0,87] (70%); 0,86 [0,76-0,92] (80%); 0,75 [0,22-0,9] (90%) variando de moderada a excelente confiabilidade. Os valores de confiabilidade na ferramenta DI, para variável tempo, foram: ICC= 0,56 [0,31-0,71] (70%); 0,52 [0,28-0,71] (80%); 0,77 [0,61-0,86] (90%) demonstrando confiabilidade de baixa à boa. Para a variável repetição também se obteve baixa a boa confiabilidade e os valores foram: ICC= 0,62 [0,40-0,77] (70%); 0,58 [0,35-0,74] (80%); 0,75 [0,59-0,86] (90%). Conclusão: Ambas as ferramentas se mostraram reprodutíveis para a realização do TRML para RE de ombro. Entretanto a melhor porcentagem para a BE é quando aplicado à 80% da FM e, para o DI à 90%. Assim, a BE se apresenta como uma boa possibilidade clínica por ter vantagens como o baixo preço, fácil aplicação e confiabilidade de resultados.

Palavras-chave (máximo 3)

Confiabilidade, Resistência Física

Área

Tratamento

Autores

Gabriela Carrion Caldeira Ribeiro, Jessica Kirsch Micheletti, Heloísa Paes de Lima , Estevão Henrique Sales , Fernanda Santana dos Santos , Carlos Marcelo Pastre