IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Ocorrência de lesões e condições uroginecológicas de atletas de Flag Football de um time de Porto Alegre – RS

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O Flag Football é uma modalidade esportiva derivada do Futebol Americano e que tem como objetivo a conquista do território adversário. A principal diferença entre as modalidades é o não uso de equipamentos de proteção, uma vez que o Flag Football é um esporte de menor contato quando comparado ao Futebol Americano, pois o avanço da equipe de ataque é cessado quando uma das bandeiras amarradas na cintura do atleta que está com a posse da bola é retirada pelo seu adversário, evitando o contato direto entre os participantes. Esta modalidade está apresentando um constante crescimento no Brasil, especialmente entre as mulheres, porém estudos caracterizando estas atletas são escassos. O esporte feminino tem muitas peculiaridades relacionadas a questões hormonais, conhecer a ocorrências de lesões, bem como outros marcadores que possam influenciar seu desempenho esportivo e qualidade de vida, por conseguinte, são de extrema importância para auxiliar a comissão técnica e os departamentos de saúde a nortear suas condutas. Objetivo: Apresentar a ocorrência de lesões musculoesqueléticas e as condições uroginecológicas de atletas de Flag Football de um time da cidade de Porto Alegre – RS. Materiais e métodos: Treze atletas de um time feminino de Flag Football de Porto Alegre (22,23 ± 4,0 anos, 24,8 ± 5,56 Kg/m2) preencheram um questionário de lesões e de condições uroginecológicas elaborado pela equipe de Fisioterapia do time. Neste, as atletas apontavam o tipo e localização no corpo de lesões decorrentes da prática do Flag Football no último ano, além de responderem o questionário Pre-participation Gynecological Examination (PPGE). Os dados foram analisados por estatística descritiva, apresentados em média, desvio padrão e frequência. Resultados: Foram catalogadas 22 lesões musculoesqueléticas (1,69 ± 1,79). Os locais mais acometidos foram punho, mão e dedos (22,72%), seguido de joelho (18,18%). O tipo de lesão mais prevalente foram dores não diagnosticadas na região da coluna (27,27%), seguido das lesões musculares (18,18%). Quanto as condições uroginecológicas avaliadas pelo PPGE, 46,15% das atletas apresentam irregularidades no ciclo menstrual, 38,5% já apresentaram amenorréria e nenhuma das atletas deixa de treinar por estar em período menstrual. 30,8% das atletas não usam nenhum tipo de método contraceptivo, 53,9% fazem uso de métodos hormonais. 30,8% das atletas não tem acompanhamento ginecológico de rotina (pelo menos anual). Apenas uma atleta apresenta queixas de incontinência urinária. Nenhuma das atletas avaliadas conhecem a tríade da mulher atleta e seus fatores de risco. Conclusão: este estudo permitiu conhecer a incidência de lesões das atletas, sendo de extrema importância para planejamento de ações preventivas e de reabilitação. Além disso, ações em educação e saúde podem ser planejadas para orientar as atletas sobre questões uroginecológicas.

Palavras-chave (máximo 3)

Epidemiologia - Medicina Esportiva - Saúde da Mulher

Área

Epidemiologia

Autores

Deborah Adéli Morais Matias, Rafael Cristane Michel, Gabriel Pizetta Freitas, Cláudia Silveira Lima