IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Desempenho em testes funcionais e testes específicos de atletas de voleibol do sexo masculino

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: Os tipos de lesões mais prevalentes no voleibol são estiramentos musculares, entorses de tornozelo e tendinopatias. Cuñado-Gonzáles et al (2018) verificaram que as articulações mais acometidas em atletas de vôlei de elite são tornozelo (34,6%), joelho (17,7%) e ombro (14,7%). Essa prevalência de lesões reforça a importância dos programas preventivos nessa modalidade. A prevenção inicia quando se entende a complexidade e a não linearidade dos fatores envolvidos nos processos lesivos. É necessário conhecer os mecanismos causadores e a extensão do problema. Isto somente é possível com uma boa avaliação, onde pode-se traçar o perfil musculoesquelético de uma equipe, principalmente no início da temporada esportiva. Dessa maneira, é possível identificar fatores de risco e traçar o planejamento de intervenções preventivas assertivas e individualizadas. Deve-se considerar fatores locais e não-locais à lesão. O acoplamento das articulações causa interdependência entre elas. Assim, pode-se diminuir lesões, tempo de afastamento, reincidência, incapacidade e custos dos clubes. Objetivos: Descrever o desempenho em testes específicos e funcionais em atletas de voleibol do sexo masculino. Método: Na Avaliação Pré-Temporada foram avaliados 28 atletas (média de idade de 16,5±1,1 anos; massa corporal de 82,6±10,0kg; altura de 192,0±0,1cm). Foram utilizados testes sugeridos pelo aplicativo PHAST (Physiotherapy Assessment Tool), que avaliam componentes musculoesqueléticos como força, resistência, funcionalidade de membros superiores e estabilidade unipodal. Atletas alocados aleatoriamente em estações para realizar os testes Star Excursion Balance Test (SEBT) modificado, Função muscular dos rotadores laterais (RL) de ombro, CKCuest, Single Leg Hamstring Bridge (SLHB), força de extensores e flexores de joelho. Análises descritivas (média e desvio padrão) foram utilizadas. Resultados: No SEBT, a média do alcance com o membro inferior direito (MID) na direção anterior foi 72,1±8,5cm e 71,1±7,3cm com o membro inferior esquerdo (MIE). Identificou-se assimetria média entre o alcance dos MMII na direção anterior de 4,7±3,8cm. No CKCuest, apresentaram média de 26,6±4,0 repetições. No SLHB, realizaram 9,4±3,4 repetições com o MID e 9,6±3,1 repetições com o MIE. No teste de função dos RL de ombro, 7,0±3,5 repetições com o MID e 6,9±3,1 repetições com o MIE foram executadas. No teste de força dos de flexores de joelho os atletas suportaram uma carga média de 29,1±4,3kg bilateralmente. No teste de força de extensores de joelho, suportaram 33,4±9,8kg no MID e de 34,1±9,8kg no MIE. Conclusão: Através da avaliação foi possível identificar que é necessário reduzir a assimetria do alcance entre membros inferiores na direção anterior do SEBT, realizar intervenções para melhora da função dos extensores de quadril e dos rotadores laterais de ombro. Com estes resultados, é possível implementar medidas preventivas específicas para otimizar a capacidade dos atletas.

Palavras-chave (máximo 3)

Lesão, prevenção, avaliação

Área

Prevenção

Autores

Alysson Lima Zuin, Daniel Bornelli Campos Serio, Renato de Paula da Silva, Isadora de Fátima Rodrigues Alves, Natália Franco Netto Bittencourt, Luciana De Michelis Mendonça