IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Análise termográfica de uma atleta da Seleção Brasileira de Judô: um estudo de caso.

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O judô é um esporte de combate olímpico, caracterizado por situações de contato físico, além de exigências físicas, técnicas, táticas e psicológicas que podem acarretar em lesões. Sabe-se que atletas de elite são expostos a treinamentos especializados com objetivo de desenvolver o rendimento esportivo, o que pode favorecer o desenvolvimento de fatores predisponentes ao surgimento de lesões. A termografia é um método diagnóstico que por meio de detecção da radiação infravermelha emitida proporciona a análise das funções relacionadas com o controle da temperatura corporal de forma não invasiva. No contexto esportivo, esse instrumento de medida pode contribuir na avaliação da condição muscular após treinos e competições. Objetivo: Descrever a avaliação fisioterapêutica de uma atleta da Seleção Brasileira de Judô da categoria sub-18 com a utilização de imagens de câmera termográfica. Metodologia: A atleta, sexo feminino, 15 anos, participante da semana de pré-temporada das Seleção Brasileira de Judô sub-18, sem lesões previas durante a anamnese inicial. Foram coletadas imagens diariamente, 15 minutos após os dois treinos diários, um pela manhã e outro pela noite. A coleta era realizada em uma sala privada, sem luz solar e com iluminação por lâmpadas brancas, climatizada com temperatura de 23° C. A atleta era instruída a permanecer em posição ortostática anatômica, de frente ao avaliador e com uma parede branca ao fundo, além de permanecer por 15 minutos na sala para que ocorresse um equilíbrio térmico, antes que se iniciasse o processo de aquisição das imagens. Foram utilizados: uma câmera termográfica (FLIR Systems Inc. modelo C2); um computador (com o software específico - ThermaCamTM Researcher Pro 2.9); um termômetro digital para monitorar a temperatura da sala; e a Escala Visual Análoga (EVA) de dor. Resultado: Durante o 4º dia de treinamento, a atleta relatou dor (EVA 6) na coxa esquerda e limitação funcional para realizar agachamento no joelho esquerdo, sem história de trauma direto. A atleta foi retirada do treino pela equipe de fisioterapeutas para melhor avaliação. Ao realizar controle das imagens, foi verificado um hipersinal termográfico localizado na região anterior da coxa esquerda. Após reunião com a comissão técnica a atleta iniciou o processo de reabilitação para lesão muscular na coxa esquerda imediatamente e retornou ao esporte em 3 semanas, após realizar a continuidade do tratamento no clube. Conclusão: O estudo sugere a possibilidade da utilização da termográfia com um instrumento de medida com potencial para apoiar o diagnóstico de lesões em atletas de forma portátil, sendo útil no acompanhamento da reabilitação e como sugestão de afastamento. Por fim, sugere-se a realização de novos estudos com um numero maior de participantes para uma análise mais detalhada.

Palavras-chave (máximo 3)

Termografia, Lesões em Atletas, Artes Marciais.

Área

Prevenção

Autores

Cássio Santiago da Silva, Vitor Andrade Reis, Luiz Revite, Leonardo Davi da Silva, Tarciso Silva dos Santos, Thiago Vinicius Ferreira