IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Relação entre resistência de tronco e testes funcionais de membros superiores em atletas de handebol: estudo transversal

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: A realização de testes funcionais dos membros superiores em cadeia cinética fechada é comum durante a avaliação pré-temporada de atletas que participam de esportes cujo gesto esportivo está ligado aos membros superiores. Tais testes avaliam componentes de estabilidade, mobilidade e controle neuromuscular a fim de se identificar possíveis déficits que possam se relacionar com lesão. Por se tratarem de testes em cadeia cinética fechada acredita-se que o desempenho nos mesmos esteja relacionado aos segmentos adjacentes e déficits nestes poderiam interferir nas pontuações obtidas. Objetivo: verificar se existe relação entre a resistência do tronco e os resultados de testes funcionais de membros superiores realizados em cadeia cinética fechada em atletas de handebol. De forma secundária, verificar se a resistência do tronco prediz os resultados dos testes funcionais de membros superiores. Métodos: Estudo transversal analítico, realizado no Centro de Excelência do Esporte, Goiânia, Goiás, Brasil. A amostra do estudo foi composta por 27 jogadoras profissionais de handebol que não apresentavam dor ou histórico recente de lesão/cirurgia nos membros superiores. Para cumprir o objetivo do estudo, coletou-se o tempo máximo (segundos) obtido durante o teste de prancha lateral, os alcances do Upper Quarter Y Balance Test (UQYBT) no membro superior direito (MSD) e esquerdo (MSE) e o escore do Closed Kinetic Chain Upper Extremity Stability Test (CKCUEST). O recrutamento das participantes do estudo ocorreu em janeiro de 2019 e os testes foram realizados durante a avaliação pré-temporada. A análise estatística foi realizada no SPSS (Statistical Package for Social Sciences), versão 20.0. Foi realizada a correlação de Pearson e em seguida uma regressão linear univariada considerando R² ajustado e nível de significância de p<0,05. Resultados: Não foram encontradas relações entre a resistência de tronco e o UQYBT (alcance medial MSD e MSE – r=0,226; p=0,257/r=0,109; p=0,587; alcance súperolateral MSD e MSE – r=0,192; p=0,337/r=0,304; p=0,123; alcance inferolateral MSD e MSE – r=0,006; p=0,976/r=0,162; p=0,428) e resistência de tronco e o CKCUEST (r=0,121; p=0,546). Segundo o modelo de predição, a resistência de tronco não influenciou nos resultados do UQYBT e CKCUEST (p>0,05). Conclusão: conclui-se que não existe relação entre a resistência de tronco com os resultados de testes funcionais de membros superiores realizados em cadeia cinética fechada. Observou-se também que a resistência de tronco não prediz os resultados dos testes funcionais de membros superiores. Sugere-se a realização de estudos futuros em populações de diferentes esportes e em sujeitos com lesão.

Palavras-chave (máximo 3)

Fisioterapia; Atletas; Membros Superiores.

Área

Biomecânica

Autores

José Roberto de Souza Júnior, João Pedro da Silva Carto, Thiago Vilela Lemos, Andressa Moraes Machado, Deivid Frederico Marques Melo, João Paulo Chieregato Matheus