IX Congresso Brasileiro e VII Congresso Internacional da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física

Dados do Trabalho


Título

Desempenho funcional de membros superiores em diferentes modalidades esportivas

Resumo (máximo 3000 caracteres com espaço)

Introdução: O ombro possui uma grande amplitude de movimento em detrimento de sua estabilidade, apresentando um grande risco de lesões nos esportes. Devido ao movimento de arremesso, atividades com o ombro acima da cabeça são mais suscetíveis a esse quadro. Uma forma prática e de baixo custo para avaliar a funcionalidade do ombro nos esportes são os testes funcionais de membro superior. Objetivo: Comparar o desempenho de testes funcionais do ombro em diferentes modalidades esportivas. Método: O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa (CAAE: 08527017.0.0000.5346). A amostra foi composta por 38 atletas masculinos praticantes de vôlei (n=14, 16,86 ± 0,66 anos, 75,5 ± 6,44 kg, 1,83 ± 0,08 m), handebol (n=11, 16,18 ± 0,76 anos, 81,57 ± 16,69 kg, 1,79 ± 0,10 m) e atletismo (n=13, 21,77 ± 3,49 anos, 71,07 ± 8,58 kg, 1,75 ± 0,07 m). O tempo de treinamento no esporte era de 3,85 ± 2,07 anos para o vôlei, 2,43 ± 1,38 anos no handebol e 3,17 ± 2,3 anos de atletismo. A funcionalidade foi avaliada pelo Closed Kinetic Chain Upper Extremity Stability Test (CKCUEST) e pelo Y Balance Test Upper Quarter modificado (YBT-UQ). O CKCUEST é realizado na posição de apoio com as mãos afastadas em 91,4 cm e apoiadas em duas fitas de marcação. O atleta deve realizar em 15 segundos a maior quantidade de toques alternados que conseguir entre as mãos, alternando a do apoio. O YBT-UQ mede a função unilateral da extremidade superior e o atleta permanece em apoio com um dos membros superiores e deve alcançar a maior distância possível nas direções medial, inferolateral e superolateral com o membro superior que está livre. A média das tentativas para cada direção do membro dominante foi normalizada pelo comprimento desse membro. Nos dois testes foi realizada uma tentativa de familiarização e 3 testes válidos.O teste de normalidade foi feito pelo teste de Shapiro Wilk e a comparação entre os grupos foi feito pela ANOVA de uma via com post-hoc de Bonferroni. Resultados: A média de toques para o CKCUEST foi de 19,29 ± 4,37 no vôlei, 16,27± 3,31 no handebol e 18,85±4,79 para o atletismo, não havendo diferença entre os grupos (p=0,212). O valor de 21 toques é considerado preditivo de boa estabilidade de membro superior. Para o YBT-UQ, o lado dominante apresentou diferença entre os grupos nas direções medial (vôlei 92,24 ± 6,87 cm, handebol 81,61 ± 12,12 cm e atletismo 82,55 ± 10,95, p=0,019) e superolateral (vôlei 44,82 ± 8,06 cm, handebol 37,31±11,02 cm, e atletismo 47,29 ± 8,50, p=0,033). O vôlei apresentou melhor desempenho na direção medial em relação ao handebol (p=0,038) e o handebol pior desempenho em relação ao atletismo na direção superolateral (p=0,035). Conclusão: Não há diferença no desempenho funcional de membros superiores ao utilizar o CKCUEST em esportes com e sem arremesso. Já para o YBT-UQ, as diferenças entre os esportes ocorrem nas direções superolateral e medial.

Palavras-chave (máximo 3)

Ombro, desempenho funcional, atletismo

Área

Biomecânica

Autores

Priscilla Soares Cassol, Rafaela Oliveira Machado, Lilian Pinto Teixeira, Natiele Camponogara Righi, Carlos Bolli Mota, Michele Forgiarini Saccol