13º Congresso Cearense de Pediatria

Dados do Trabalho


Título

CUIDADOS ASSISTENCIAIS AO RECEM-NASCIDO COM SIFILIS CONGENITA: RELATO DE CASO

Introdução

A sífilis congênita é ocasionada pela disseminação hematogênica, por via transplacentária, do Treponema pallidum proveniente de gestantes infectadas não tratadas ou tratadas inadequadamente, sendo possível ocorrer em qualquer estágio gestacional. O diagnóstico é feito através dos testes sorológicos que podem gerar falsos resultados devido à transferência de anticorpos maternos. Assim, lactentes menores de 6 meses, o diagnóstico definitivo é feito pela avaliação da história clínico-epidemiológica da mãe e de exames complementares da criança.

Objetivos

Relatar caso de sífilis congênita em um neonato, abordando a importância de uma adequada conduta assistencial para evitar os agravos relacionados a esta infecção.

Relato do caso

Recém nascido, masculino, 15 dias. Nascido a termo de parto vaginal, com Apgar 9/9, pesando 2844 gramas e possuindo VDRL de 1:16. Sua mãe foi tratada inadequadamente durante o pré-natal e apresentou VDRL de 1:4 após o parto. O neonato foi então diagnosticado com sífilis congênita. Ao exame físico, estava em bom estado geral, ativo, normocorado, hidratado, extremidades perfundidas, ausculta cardiopulmonar normal e abdome flácido. Atualmente, segue na unidade de cuidados intensivos, em aleitamento materno e antibioticoterapia com benzilpenicilina procaína e potássica intramuscular.

Discussão

O VDRL é uma ferramenta útil no diagnóstico da sífilis congênita, além de contribuir na prevenção de potenciais danos que surgem na vida do recém-nascido, principalmente nos pacientes com exame físico sem alterações significativas nos primeiros momentos após o parto, preferencialmente após parto vaginal e gestora com sorologia positiva para sífilis sem tratamento adequado. No caso, é indispensável à solicitação de exames complementares como Raio-X de ossos, punção lombar e hemograma no neonato. Dependendo dos resultados e descartando neurossífilis, quando o líquido cefalorraquidiano apresenta alterado, o tratamento adequado é estabelecido.

Conclusões

Portanto, no período pós-neonatal, o neonato deve ser cuidadosamente investigado, obedecendo-se à rotina de exames conforme sorologia da mãe para que o tratamento possa ser definido e efetivo.

Palavras-chave (máximo 5, de acordo com o DeSC)

Sífilis congênita; Assistência

Área

Neonatologia

Autores

Ingrid Victor Almeida, Bárbara Calisto Campos, Raquel Mourisca Rabelo, Laíse Torres Dias, Vasti Léia da Silva Lima, Tânia Santi Monteiro do Amaral