Dados do Trabalho
Título
DIAGNOSTICO TARDIO - TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) OU ESQUIZOFRENIA?
Introdução
O Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento de base neurológica e de etiologia diversificada.
Após revisão de literatura, observou-se que, em alguns casos, pais de autistas só foram diagnosticados na fase adulta depois de receber o diagnóstico de seus filhos. A partir de então, passaram a compreender porque sentiam-se diferentes na infância.
Objetivos
Relatar caso de paciente com hipótese diagnóstica de TEA e de Esquizofrenia.
Relato do caso
L.E., masculino, 12 anos. Compareceu ao atendimento psicopedagógico com orientação psicanalítica e neuroeducacional, aos 11 anos, encaminhado pelo serviço de psiquiatria infantil com hipótese diagnóstica de TEA ou de Esquizofrenia com a justificativa de que apresentava mutismo, isolamento social, pouco contato visual, agressividade, agitação, desrealização, ideias persecutórias, exacerbação da libido e baixo rendimento escolar. Durante a avaliação psicopedagógica, não foi observado estereotipias, ecolalia, hipertenacidade ou rigidez a comportamentos e rotinas. Segundo relato da mãe, a criança já havia passado por várias avaliações clínicas com neuropediatras e psiquiatras infantis não obtendo sucesso. Durante a terapia L.E. passou a comunicar-se com a terapeuta através da escrita e posteriormente superou o mutismo. Apresenta fala monótona, afeto incongruente com o humor, suave evolução ao que se refere à desrealização, ideias persecutórias, agitação e baixa da libido. A criança permanece com diagnóstico inconclusivo.
Discussão
O Autismo, em 1943, era visto como uma psicose, sendo posteriormente afastado esse conceito.
Segundo o DSM-V, o TEA pode ser classificado em graus. No tipo leve, as características podem passar despercebidas, adiando o diagnóstico. Somente quando as exigências sociais se apresentam, o indivíduo, não sendo capaz de dar as respostas esperadas, demonstra grande dificuldade, especialmente em manejar suas emoções. Quando isto ocorre tardiamente, é possível que o quadro seja sugestivo de psicose.
Conclusões
Assim, seria interessante a realização de mais estudos que objetivem o diagnóstico precoce do TEA, reduzindo o prejuízo funcional dos pacientes.
Palavras-chave (máximo 5, de acordo com o DeSC)
Transtorno do Espectro Autista, Esquizofrenia, Diagnóstico tardio
Área
Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento
Autores
Sabrina Soares Timbó, Saulo Edson Soares Timbó, Railda Pontes Saraiva Moraes, Raffaela Alves Furtado, Marina Sousa Guedes, Dulcinea Bandeira Soares Timbó