13º Congresso Cearense de Pediatria

Dados do Trabalho


Título

AGLOSSIA SEM ETIOLOGIA DEFINIDA: COMO CONDUZIR?

Introdução

A conduta frente a um paciente com aglossia engloba cuidados com a perviedade das vias  aéreas e avaliação de condução alimentar, com necessidade de fisioterapia respiratória, acompanhamento fonoaudiológico, e, a depender de evolução, instauração de via aérea definitiva e gastrostomia.

Objetivos

Relatar o caso de um paciente portador de aglossia sem etiologia definida, seu seguimento clínico, acompanhamento multiprofissional e abordagens cirúrgicas realizadas, e a importância destes para a qualidade de vida do paciente.

Relato do caso

FIFS, recém-nascido a termo, admitido para investigação sindrômica devido a aglossia, micrognatia, estridor e hipertelorismo ocular. 
Avaliado pela Genética e pela Cirurgia Buco Maxilar, que indicaram nasofibrolaringoscopia . Esta evidenciou faringe de pequeno volume, com estase de saliva considerável, epiglote encurtada em amplitude e angustiamento da zona supraglótica.
Evoluiu com piora do padrão respiratório e hipossaturação, sendo necessária intubação orotraqueal e, após, traqueostomia, resultando em resolução de estridor e melhora de padrão respiratório.
Foi acompanhado pela Fisioterapia e pela Fonoaudiologia, com estimulação de dieta por via oral; contudo, por piora de secretividade pelo traqueóstomo à medida que a dieta progredia, sem alteração infecciosa evidente, e não aceitação de dieta plena, foi indicada gastrostomia. Realizou no pré-operatório seriografia que evidenciou DRGE de grande intensidade, com necessidade de Fundoplicatura a Nissen associada.

Discussão

Aglossia é uma anomalia rara ocasionada por uma falha na embriogênese; está relacionada com deformidades dentofaciais e outras malformações.
Pacientes com aglossia necessitam de abordagem multiprofissional, devido ao comprometimento das funções mastigatórias, respiratórias e fonéticas, ressaltando a importância da Fonoaudiologia, da Fisioterapia, da Psicologia e da Cirurgia, e atenção para necessidade de abordagens mais invasivas, como gastrostomia e traqueostomia.

Conclusões

Seguimento multiprofissional e adoção de medidas mais invasivas, quando necessário, são de extrema importância para a melhor condução e futura reabilitação funcional do paciente.

Palavras-chave (máximo 5, de acordo com o DeSC)

Assistência ao paciente; Anormalidades Maxilofaciais; Fonoaudiologia; Multiprofissional; Reabilitação

Área

Neonatologia

Autores

Jéssica Bezerra Custódio, Débora Linhares Rodrigues, Luana Fávaro Holanda, Verlene de Araújo Verdiano, Amanda Andrade Aguiar de Pinho, Kamilla Saraiva de Oliveira