VI Congresso Cearense de Infectologia

Dados do Trabalho


Título

PROJETO CAMINHOS: COMPARTILHANDO OS MODOS DE VIVER COM HIV/AIDS

Introdução

O CTA/SAE de Maracanaú, implantado em julho de 2006, é um serviço de referência especializado em HIV/Aids, sendo uma medida de enfrentamento da epidemia de Aids no município de Maracanaú. Atualmente tem 1537 pacientes, que são acompanhados por uma equipe multiprofissional.
Na intenção de prestar um atendimento integral, desenvolvemos o “Projeto Caminhos”, que visa, a partir da organização do cuidado em grupo, compartilhar os caminhos percorridos para lidar com o diagnóstico. No grupo, os pacientes expressam suas formas de enfrentar a vida, ressignificando entre pares, as experiências sofridas de preconceito, discriminação e de estigma, diante da condição sorológica.

Objetivo

Proporcionar um lugar coletivo para compartilhar os modos de lidar com o diagnóstico de HIV/Aids, favorecendo assim uma melhor adesão ao tratamento.
 

Descrição do caso ou Relato de experiência

A experiência privilegia a participação dos usuários em atividades de grupo, através de oficinas educativas com temas pertinentes à vida e ao cotidiano dos usuários como: Direito ao sigilo, direitos sociais; prevenção combinada; direitos sexuais e reprodutivos; família; espiritualidade; questões de gênero; uso de substâncias psicoativas; segurança alimentar; saúde mental e adesão à TARV.
São rodas de conversa que possibilitam a troca de experiências, como forma de aprender a viver e conviver com a condição sorológica. Portanto, a estratégia em grupo possibilita às PVHIV o acesso a novos conhecimentos e a novas vivências.
 

Discussão

Percebemos um empoderamento dos pacientes no processo do tratamento e na construção de vínculos sociais entre eles, contribuindo para a elevação da autoestima, gerando uma nova visão diante de si, do diagnóstico e da vida.
Identificamos pacientes com um perfil protagonista para desenvolver abordagem individual de pacientes recém-diagnosticados, visando adesão ao tratamento.
Mobilizamos a organização de grupos, privilegiando a população LGBT, pessoas trans, gestantes e puérperas vivendo com HIV, casais sorodiferentes, como espaço para suas vivências, identidades e realidades, próprios de cada população chave.
 

Conclusão

Conseguimos identificar fatores que interferem na adesão ao tratamento e na qualidade de vida dos pacientes, e assim contribuir para o redirecionamento do cuidado, para além dos aspectos clínicos, instrumentalizando os sujeitos na busca por um viver com mais qualidade. 

Palavras Chave

Adesão a TARV
Entre pares
Ressignificar o diagnóstico

Você faz parte de algum grupo de pesquisa? Se SIM, favor informar o nome abaixo.

Não

Área

HIV-AIDS, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST

Instituições

Hospital Municipal de Maracanaú - Ceará - Brasil

Autores

luzilene Moreira Nogueira, larissa de Oliveira Sousa