Dados do Trabalho

Título

VIVENCIAS DO GRUPO DE TRABALHO DE INVESTIGAÇAO DE OBITOS POR HIV/AIDS EM UM MUNICIPIO DA REGIAO CENTRO-SUL DO CEARA

Introdução

Desde a descoberta do vírus da imunodeficiência humana (HIV) que são evidenciados avanços no aspecto da infecção, sobretudo com o advento da terapia antirretroviral, a qual vem possibilitando a diminuição da mortalidade e o aumento da sobrevida das pessoas que convivem com o vírus. No entanto, segundo dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (2021), o Brasil ainda registrou um total de 10.417 óbitos em 2020, com taxa de mortalidade 4,0/100 mil habitantes. Nesse contexto, Iguatu/CE está entre os 100 municípios brasileiros que têm apresentado taxas de mortalidade superiores à média nacional.

Objetivo

Relatar a vivência dos profissionais do Serviço de Assistência Especializada (SAE) durante a implantação do Grupo de Trabalho (GT) de Investigação de óbitos por HIV/Aids no município de Iguatu.

Descrição do caso ou Relato de experiência

Em setembro de 2021, a equipe do SAE reuniu-se para formação do GT com profissionais representantes dos diversos serviços de saúde do município, a saber: Atenção Primária à Saúde, Hospital Regional de Iguatu, Unidade de Pronto Atendimento, Secretaria de Saúde e Vigilância Epidemiológica. Após esclarecimentos acerca das diretrizes e objetivos do GT, o cenário epidemiológico de Iguatu foi apresentado. Em um segundo momento, aconteceu uma reunião ampliada com a rede de atenção à saúde para dialogar sobre o funcionamento, a oferta de serviços e os desafios do SAE. Na oportunidade, discutiu-se sobre o manejo das internações hospitalares de pacientes com HIV e a obrigatoriedade da testagem rápida durante o pré-natal. O último encontro tencionou a discussão de três óbitos referentes ao primeiro semestre de 2022, gestando uma ação de melhoria no acolhimento dos novos casos nos laboratórios privados de maior detecção.

Discussão

A criação do GT possibilitou dialogar com a rede de saúde do município, discutir os óbitos na perspectiva da integralidade do sujeito, identificar as deficiências que levaram a falhas no diagnóstico e tratamento, traçar intervenções de prevenção e promoção da saúde, bem como alinhar os fluxos assistenciais. Ainda sobre à temática, observou-se a escassez de produção científica acerca do objeto em questão, o que se tem visto são trabalhos que versam sobre a infecção e adesão medicamentosa.

Conclusão

Conclui-se que o grupo se apresenta com uma estratégia potencializadora para a redução da mortalidade e a melhoria da rede de cuidado às pessoas vivendo com HIV/Aids. Ressalta-se a necessidade de estabelecer a periodicidade dos encontros para melhor organização do grupo.

Palavras Chave

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; HIV; Mortalidade

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Área

HIV-AIDS, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST