Dados do Trabalho
Título
COBERTURA VACINAL DA POLIOMIELITE NO CEARA: UMA ANALISE EPIDEMIOLÓGICA.
Introdução
A poliomielite é uma doença infecciosa causada pelo poliovírus, vírus de RNA da família Picornaviridae possuindo alta taxa de transmissão, sendo capaz de provocar paralisia ou não. Diante do impacto acerca da ocorrência dos casos de pólio e suas complicações, foi visto a necessidade de combater a disseminação desse vírus, quando, na década de 1960 houve a introdução de duas vacinas anti poliomielite: a vacina oral da pólio (VOP), contendo o vírus atenuado, e a vacina inativada da pólio que possui o vírus inativo (VIP). No entanto, apesar da disponibilidade da vacina, a cobertura vacinal está em redução desde 2016.
Objetivo
Explicitar a epidemiologia da cobertura vacinal de poliomielite no estado do Ceará no período de 2016 a 2021.
Método
Estudo exploratório e transversal realizado a partir da coleta de dados na plataforma Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSus), no período de 2016 a 2021. Foram utilizadas as palavras-chaves: Infectologia, Poliomielite, Cobertura Vacinal.
Resultados
Desse modo, foi possível visualizar um decréscimo na cobertura vacinal da poliomielite em todo o Brasil, de acordo com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), que se encontrava em 84,43% no ano de 2016, decaindo para 69,99% em 2021. Essa redução nacional da vacinação foi evidenciada também no Ceará, que no mesmo período, caiu de 98,12% para 61,74%. segundo dados coletados do DataSus, apontando, coberturas abaixo da meta vacinal de 95% do público alvo, crianças de 1 a 4 anos de idade, das Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Além disso, no período de 2016 a 2018, ocorreu um aumento de casos da paralisia flácida aguda no Ceará, sendo registrado, em 2016, apenas dois casos e atingindo um pico de vinte casos em 2018, conforme o DataSUS.
Conclusão
Na última década, observou-se uma tendência de redução da cobertura vacinal infantil, sendo essa agravada pela pandemia de COVID-19. Tal fato culminou, desde 2016, no aumento progressivo do número de notificações de paralisia flácida aguda, sendo essa uma doença que, anteriormente, estava erradicada em nosso país e que em 2018 apresentou um pico expressivo de casos. Essa situação adversa explicita a consequência negativa da desinformação e da propagação de campanhas anti-vacinas nas redes sociais, sendo imperativa a realização de projetos de educação em saúde que promovam a prevenção e que forneçam informações sobre a importância da vacinação e seus impactos positivos em toda sociedade.
Palavras Chave
Infectologia, Poliomielite, Cobertura Vacinal
Área
Doenças Emergentes e Re-emergentes
Instituições
Universidade de Fortaleza - Ceará - Brasil
Autores
Guilherme Vale Braga, Lara Thais Pinheiro Medeiros, Rayanne Rego Ferreira Saldanha, Lara Mesquita Gomes, José Odimar dos Santos Júnior, Vitor Nascimento Malheiro, Antonio George Bezerra Neto, Sarah Dutra Rocha