Dados do Trabalho
Título
FRONTEIRAS ENTRE A INFECTOLOGIA E A SAUDE LGBTQIA+: COMO A EDUCAÇAO EM INFECTOLOGIA PODE AJUDAR A COMBATER PRECONCEITOS
Introdução
Apesar dos avanços em muitos aspectos, a população LGBTQIA+ ainda sofre com problemas como discriminação, estigmatização e marginalização dentro do sistema de saúde. Tendo em vista essa problemática, a Liga de Estudos em Doenças Infecciosas (LEDI) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (FAMED-UFC) realizou uma aula aberta a todos os estudantes do curso de medicina sobre cuidado e prevenção dentro da Infectologia com esse público.
Objetivo
Ajudar a disseminar conhecimento, combater preconceitos e apoiar uma formação médica mais humanizada e consciente acerca da inclusão de gêneros através da educação em Infectologia.
Descrição do caso ou Relato de experiência
A aula foi ministrada por uma profissional médica, residente em Medicina de Família e Comunidade, convidada pela LEDI. Durante a discussão, foram abordados como temas centrais: redução de danos, comunicação não violenta, cuidados sexuais, nomenclaturas, rastreio para a população trans e alterações normais em homens trans. O público contou com 40 pessoas dispostas do primeiro ao oitavo semestre do curso.
Discussão
A sensibilização e o debate sobre as temáticas que circundam o público LGBTQIA+ representam a melhor forma de compreender a realidade vivida por essas pessoas, possibilitando assim, uma tentativa de redução de estigmas sociais históricos tão prejudiciais. O constrangimento, a discriminação e as agressões verbais e simbólicas são circunstâncias constantes durante o uso dos serviços de saúde.
Nesse sentido, a participação dos alunos da graduação do curso de medicina demonstra, para além do interesse sobre a temática, a ânsia pela mudança no que tange à garantia do acesso à saúde pública humanizada, equitativa e de qualidade. Ademais, a aula também deu espaço às experiências dos participantes, os quais compartilharam situações discriminatórias vivenciadas, em específico, pela população transexual.
Tendo em vista a Política Nacional de Promoção da Equidade em Saúde e a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, gays e bissexuais, a divulgação e educação permanente sobre essa temática é uma das principais diretrizes para a mitigação das iniquidades em saúde e um passo importante em direção à justiça social.
Conclusão
Pode-se dizer, portanto, que a concessão do espaço acadêmico para o debate sobre as questões apresentadas, viabilizada pela LEDI e pela profissional médica da atenção básica, constitui uma importante ferramenta de disseminação de conhecimento, a qual possibilita um salto na compreensão de questões inerentes à saúde do público LGBTQIA+
Palavras Chave
População LBTQIA+; Humanização; Estigmas sociais; Educação
Área
Educação em Infectologia
Instituições
Universidade Federal do Ceará - Ceará - Brasil
Autores
Lucas Ribeiro Sousa, Lohana Pontes Machado, Gabriela Gomes Nascimento, Paulo Jonas Rabelo Nobre, Vladmir Nascimento Aragão, Ana Letícia Sousa Pereira, Osvaldo Mariano Viana Neto, Antônio Gutierry Neves Dantas Melo, Jesiel Magalhães Andrade, Rodrigo Gomes Marajó